O Fórum, que representa os 251 israelitas sequestrados no ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro de 2023, disse que se congratula e valoriza o regresso de cada refém, considerando que "representa a esperança e o alívio imediato de uma família".
Num comunicado que tem como pano de fundo um iminente acordo entre o Hamas e Israel, o Fórum lembra que há mais de um ano que se manifesta semanalmente para exigir este pacto entre as partes e apelou à criação urgente de "um quadro que garanta o regresso de cada pessoa que permanece cativa".
Do total, estima-se que 94 reféns permaneçam em Gaza e as autoridades israelitas estimam que pelo menos 34 estejam mortos, embora o número possa ser superior.
Além disso, os corpos de 40 pessoas sequestradas foram recuperados.
Terça-feira, os familiares dos sequestrados mostraram-se céticos em relação ao acordo, uma vez que o retorno dos reféns ocorrerá gradualmente ao longo de três fases, das quais apenas a primeira está garantida, com a libertação de 33.
"Embora realizemos todas as reuniões, a nossa missão estará incompleta até que todos os reféns, os vivos e os mortos, regressem para casa. Não descansaremos até vermos todos os reféns regressarem a casa", sublinhou a organização.
Centenas de mulheres vestidas de branco pertencentes ao movimento Mishmeret 101, que acolhe principalmente mães e irmãs de reféns, participam num protesto silencioso em frente à residência do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Hoje à tarde, a principal estação de televisão israelita, N12, referiu que três reféns serão libertados no primeiro dia do acordo, quatro no sétimo, e, progressivamente, os sequestrados serão libertados em números semelhantes no primeiro dia de cada semana durante a primeira fase, que terá duração de 42 dias.
Cumpridos os 42 dias, o Hamas terá libertado os 33 prisioneiros desta fase, e Israel um número correspondente de prisioneiros palestinianos, que não podem ser presos novamente pelas mesmas acusações ou forçados a assinar as condições de libertação.
Ainda não se sabe quantos prisioneiros palestinianos serão libertados, embora sejam mais de 1.000.
Entre os motivos está o facto de Israel ainda não saber se os reféns a serem libertados estão vivos e mortos, o que lhes confere maior ou menor valor na hora de serem trocados por um número equivalente de prisioneiros.
O Hamas concordou, segundo fontes próximas às negociações, em incluir nove soldados israelitas na primeira fase da troca.
A imprensa local presume que se trata de mulheres soldados, que seriam trocadas por 1.000 prisioneiros palestinianos detidos depois de 07 de outubro de 2023.
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