"Expressei que a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia ameaça a paz global. E enfatizei a necessidade de uma paz compreensiva, justa e duradoura", escreveu António Costa, na rede social X, na tarde de terça-feira.
Depois de uma conversa telefónica com o Presidente da China, Xi Jinping, António Costa anunciou também uma cimeira em Bruxelas este ano, ainda sem uma data concreta.
É a primeira cimeira presencial entre Pequim e a União Europeia (UE) em Bruxelas desde 2019. A última cimeira presencial foi em dezembro de 2023, em Pequim. A pandemia de covid-19 impediu a concretização de outros encontros presenciais.
Ainda não são conhecidos os assuntos que serão abordados, mas António Costa escreveu que a UE e a China "podem trabalhar em conjunto para debelar os desafios globais".
A China já foi acusada pelos Estados Unidos de estar a auxiliar a Rússia no conflito que iniciou há três anos no território ucraniano, uma alegação que Pequim tem rejeitado.
No entanto, Moscovo é um dos principais aliados de Pequim. Apesar de a posição da China ser a de respeito pela integridade territorial da Ucrânia, o país também disse que estava preocupado com a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e absteve-se em todas as resoluções das Nações Unidas que condenavam a invasão.
Apontando que o reforço da cooperação era um "sinal positivo para paz, estabilidade e prosperidade", o presidente do Conselho Europeu também falou com Xi Jinping sobre as relações comerciais com a China.
"A UE e a China são parceiros comerciais importantes. As nossas relações têm de feitas a partir de um ponto de equilíbrio", referiu o ex-primeiro-ministro português, que assumiu a liderança do Conselho Europeu em dezembro passado.
[Notícia atualizada às 13h42]
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