De acordo com a denúncia de Machado, o motorista, identificado como Roalmi Alberto Cabeza, foi detido após ter sido baleado numa perna, facto negado pelo Governo, que assegura que foi preso num conhecido hotel de Caracas "sem ferimentos" e será acusado pelo crime de simulação.
Num comunicado publicado no Instagram, o Ministério do Interior informou que, face às "graves denúncias" de Corina Machado, o Ministério Público da Venezuela e os órgãos de segurança do Estado realizaram "uma investigação exaustiva para esclarecer os factos".
Disse ainda que Roalmi Alberto Cabeza afirmou, no momento da sua detenção no hotel, que "estava sob custódia por ordem" de Corina Machado.
O Ministério do Interior também esclareceu que o detido será levado às autoridades de justiça acusado dos alegados crimes de "conspiração para cometer um crime e simulação de um ato punível com o objetivo de criar ansiedade no país".
Na sexta-feira, Corina Machado informou que, após a manifestação em que participou, a mota em que foi transportada e outras que a acompanhavam foram intercetadas por polícias "armados" que identificou como membros da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), que - acrescentou - "de repente e à força" a tiraram do motociclo, a colocaram noutra e a detiveram por um período não especificado, tendo sido libertada mais tarde.
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