China pede aos funcionários que propagandeiem "conquistas económicas"

Um alto quadro do Partido Comunista Chinês (PCC) apelou hoje aos funcionários para que façam mais para propagandear as "conquistas económicas" do país, numa altura de débil confiança das empresas e dos consumidores.

Notícia

© NOEL CELIS/AFP via Getty Images

Lusa
06/01/2025 10:11 ‧ ontem por Lusa

Mundo

China

"Os funcionários devem promover as realizações económicas do país e melhorar a sua capacidade de responder à opinião pública", afirmou Cai Qi, membro do Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder na China, durante uma sessão de trabalho do partido, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

 

Cai exortou os funcionários a cumprirem a sua "missão" de "consolidar e reforçar a opinião ideológica dominante" e "promover os valores socialistas, aprofundando a reforma do sistema e construindo formas de comunicação mais eficazes".

De acordo com a agência, Li Shulei, diretor do Departamento Central de Propaganda do Partido, ordenou aos seus subordinados a seguir as instruções de Cai.

Estas declarações surgem pouco depois de Pequim ter silenciado economistas críticos do atual desempenho da segunda maior economia do mundo, segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, que citou como exemplo o especialista Ren Zeping, anteriormente muito ativo nas redes sociais e cujo perfil no Weibo está bloqueado desde dezembro por "violar leis e regulamentos relevantes".

A última publicação de Ren, que foi removida, citava um antigo édito de um imperador chinês que pedia desculpa ao povo pelas dificuldades de subsistência.

Outros economistas, como Gao Shanwen e Fu Peng, foram também censurados nos últimos meses por terem publicado comentários pessimistas sobre as perspetivas económicas do país.

O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou no seu discurso de Ano Novo que a China vai ser capaz de "ultrapassar os desafios económicos, as incertezas externas e as pressões da transição para novos motores de crescimento".

Na sua mensagem, Xi sublinhou que "a economia mostrou melhorias e recuperação" e descreveu as realizações económicas e sociais de 2024 como uma base sólida para enfrentar os desafios do futuro.

Ele garantiu que a China cumprirá o seu objetivo de crescimento de 5% até 2024, embora reconheça que a economia do país enfrenta "desafios" e "dificuldades".

Nos últimos meses, Pequim lançou vários pacotes de estímulo para impulsionar o consumo interno e o setor imobiliário, que foi outrora um motor económico e atravessa agora uma profunda crise, restaurar a confiança das empresas e enfrentar os crescentes desafios demográficos que o país enfrenta.

A fraca procura interna e internacional, associada a riscos de deflação, estímulos insuficientes, crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores e do setor privado são algumas das razões apontadas pelos analistas para explicar o atual abrandamento da segunda maior economia do mundo.

Leia Também: China descobre mais de 20 milhões de toneladas de cobre no Tibete

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas