Presidente do Chade vota e apela a uma grande afluência às urnas

O presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno, votou hoje nas eleições legislativas, regionais e locais e apelou a uma grande afluência às urnas para reforçar a descentralização política do país.

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© JORIS BOLOMEY/AFP via Getty Images

Lusa
29/12/2024 12:57 ‧ há 2 dias por Lusa

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Chade

O Presidente votou numa mesa de voto perto da sede presidencial, no meio de um grande destacamento de forças de segurança.

 

"Por graça divina, pude cumprir o meu dever de votar naqueles que me vão representar a nível legislativo, provincial e comunal", disse, sublinhando que "cada voto conta", de acordo com um comunicado presidencial.

O chefe de Estado do Chade sublinhou que este é "um dia histórico" para o país, porque estas eleições "inauguram uma era de descentralização que o povo chadiano tanto espera".

A oposição apelou à não participar no processo de votação que, de momento, está a decorrer normalmente, embora com atrasos na abertura de algumas assembleias de voto devido a problemas logísticos, como a falta de urnas ou de observadores.

No sábado, os membros das forças armadas e os nómadas votaram com uma taxa de participação recorde de 72% para os militares e 54% para os nómadas, de acordo com a Agência Nacional de Gestão Eleitoral (ANGEL), citada pela estação de rádio RFI.

Estas são as primeiras eleições legislativas realizadas no país desde 2011, uma votação boicotada pelos principais partidos da oposição que consideram tratar-se de uma artimanha para legitimar o poder do agora marechal Mahamat Idriss Déby Itno, que ocupa a Presidência desde 2021.

Promovido a marechal a 20 dias das eleições, Mahamat Idriss Déby Itno ocupou o poder após a morte do seu pai, o então Presidente Idriss Déby, em combate contra os rebeldes da Frente pela Alternância e Concórdia no Chade (FACT), em 20 de abril de 2021.

Com a morte de Idriss Déby, os militares disseram que o Governo eleito e a Assembleia Nacional tinham sido dissolvidos e que o Conselho Militar de Transição, liderado por Mahamat iria liderar o país nos 18 meses seguintes.

A oposição interpretou a movimentação dos militares como um golpe de Estado no país.

Entre a falta de fundos para organizar as eleições, a pandemia de covid-19 e a atividade do movimento extremista islâmico Boko Haram, foram várias as razões invocadas por quem detinha o poder em N'Djamena para adiar em várias ocasiões a consulta ao eleitorado.

Para disputar o voto dos 1.157 candidatos dos 133 partidos e coligações concorrentes, os eleitores registados - 8,9 milhões dos 18 milhões de chadianos-, também estão a escolher os órgãos regionais e locais, após uma seleção feita pela Agência Nacional de Gestão Eleitoral (ANGE).

Leia Também: Oposição denuncia desaparecimento de boletins de voto no Chade

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