"A paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são componentes essenciais da segurança e da prosperidade globais", disse William Lai.
O líder apelou para "um aumento do orçamento da defesa" para demonstrar "a determinação em proteger" Taiwan, noticiou a agência taiwanesa CNA.
Lai, considerado por Pequim como "um independentista" e "um agitador", sublinhou ainda a importância de manter um compromisso firme com a democracia, salientando que, apesar "das ameaças" colocadas por "regimes autoritários como China, Rússia, Coreia do Norte e Irão", Taiwan deve continuar a avançar sem perder de vista o sistema democrático.
"A democracia é o único caminho para Taiwan. Não vamos recuar", declarou.
"Temos de reforçar a comunicação com a sociedade para combater a guerra cognitiva, para que as pessoas rejeitem as ameaças e as tentações e se protejam conjuntamente contra a infiltração maliciosa de forças externas", alertou o dirigente.
Lai afirmou ainda que "quanto mais seguro for Taiwan, mais seguro será o mundo" e "quanto mais resistente for Taiwan, mais forte será a defesa da democracia global".
O líder taiwanês defendeu ainda a necessidade de "melhorar a capacidade de resistência das cadeias de abastecimento das democracias mundiais", recomendando, para isso, "estabelecer ligações com países democráticos".
Após a tomada de posse de Lai, em 20 de maio, Pequim aumentou a atividade militar em torno de Taiwan, ilha que considera ser parte do território chinês.
Mais de 2.400 aviões chineses atravessaram a linha divisória do Estreito ou violaram a autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan desde então, mais 43% do que em todo o ano de 2023, de acordo com a agência de notícias Efe.
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