"Estamos a trabalhar para consolidar as liberdades de imprensa e de expressão que foram severamente restringidas no regime deposto", disse o ministro do Governo de transição criado em Damasco por uma coligação de grupos rebeldes islâmicos que provocou a queda do regime de Bashar al-Assad em 08 de dezembro.
Nesse dia, uma coligação de rebeldes liderada pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e apoiada por Ancara, entrou em Damasco e anunciou a queda do poder, depois de uma ofensiva relâmpago que lhe permitiu apoderar-se de grande parte do território.
O HTS, antigo braço sírio do grupo extremista Al-Qaida, garante ter-se afastado do fundamentalismo islâmico, mas continua classificado como "terrorista" por várias capitais ocidentais e também pela União Europeia.
Abandonado pelos seus aliados iranianos e russos, o antigo Presidente sírio Bashar al-Assad, que governou o país com mão de ferro durante 24 anos, fugiu para Moscovo, marcando o fim de mais de 50 anos de Governo do clã Assad.
A Rússia e o Irão, com as suas milícias aliadas e, nomeadamente, o poderoso Hezbollah, foram os principais apoiantes do poder de Bashar al-Assad durante a guerra civil, que começou em 2011 e provocou cerca de 500 mil mortos e milhões de deslocados.
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