O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não há planos para um encontro pessoal entre o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Interrogado pela agência noticiosa TASS sobre a possibilidade de uma reunião antes da tomada de posse de Trump, Peskov rejeitou. "Até agora, não houve nenhum impulso real", disse.
De realçar que, recentemente, Vladimir Putin disse que estava pronto para chegar a um acordo sobre a Ucrânia em possíveis negociações com o presidente eleito dos Estados Unidos. Já Trump disse, este domingo, que pediu para se reunir com Putin "o mais rápido possível".
Putin tem afirmado repetidamente que está pronto para as conversações com a Ucrânia, desde que se baseiem nas "realidades no terreno", onde as forças russas têm estado em vantagem desde o início do ano.
A Rússia exige que a Ucrânia ceda quatro regiões que ocupa parcialmente, Donetsk e Lugansk (leste), e Zaporíjia e Kherson (sul), para além da Crimeia anexada em 2014.
Exige também que Kyiv desista da ambição de aderir à NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança de defesa ocidental.
Zelensky há muito que se opõe categoricamente a quaisquer concessões, mas suavizou a posição nos últimos meses, face às dificuldades do exército ucraniano na linha da frente e ao receio de um enfraquecimento da ajuda ocidental.
Ucranianos e europeus temem que Trump possa forçar Kyiv a fazer grandes concessões e dar uma vitória geopolítica a Moscovo.
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