"Não deve haver dúvidas: não permitiremos que o EI se reconstitua e tire partido da atual situação na Síria", afirmou o general Michael Erik Kurilla no comunicado do Centcom, após uma ofensiva relâmpago dos grupos rebeldes que levou à queda do presidente Bashar al-Assad.
O Centcom descreve uma vaga de ataques contra "líderes, operacionais e campos do Estado Islâmico", com o objetivo de garantir que a organização, ainda ativa na Síria, "não tente tirar partido da situação atual para se reconstituir no centro do país".
"A operação atingiu mais de 75 alvos utilizando múltiplos meios da Força Aérea dos Estados Unidos, incluindo B-52, F-15 e A-10", acrescentou a estrutura militar, que até agora diz não ter registo de vítimas civis.
Os rebeldes declararam hoje Damasco 'livre' do presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.
O presidente sírio, no poder há 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Entretanto, as agências de notícias russas TASS e Ria Novosti já anunciaram que Bashar al-Assad e a família estão em Moscovo.
Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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