Sun Chanthy, detido desde maio após uma viagem ao Japão onde se reuniu com trabalhadores cambojanos, foi condenado por um tribunal da capital, Phnom Penh, noticiou a agência espanhola EFE.
O tribunal também retirou a Sun Chanthy o direito de votar e de se candidatar em futuras eleições, segundo o meio de comunicação social cambojano pró-governamental Fresh News.
As autoridades acusaram o político de tentar provocar o caos na sociedade cambojana, publicando acusações sobre a forma como o governo geria os programas destinados aos pobres, entre outras questões.
O primeiro-ministro, Hun Manet, justificou a detenção de Sun Chanthy há alguns meses, alegando abuso do direito à liberdade de expressão para fazer falsas acusações contra o governo, que exerce um poder autoritário no país do Sudeste Asiático.
Hun Manet assumiu o poder em agosto de 2023, substituindo o pai, Hun Sen, que governou o Camboja com 'mão de ferro' durante quase quatro décadas.
Sun Chanthy, um político veterano, foi membro da direção do Partido de Resgate Nacional do Camboja, na oposição, que foi dissolvido pelo Supremo Tribunal do Camboja numa decisão controversa em 2017, um ano antes das eleições de 2018.
Mais tarde, juntou-se ao Partido Candlelight, que foi proibido de participar nas eleições de 2022 devido a uma questão burocrática, e acabou por fundar o Partido do Poder Nacional em 2023.
O Partido do Povo Cambojano, liderado pela família de Hun Sen, conquistou todos os 125 lugares no parlamento nas eleições de 2018.
Em julho de 2023, também venceu com uma ampla maioria nas urnas, realizadas na ausência de uma oposição representativa, antes de Hun Sen passar o bastão para o filho primogénito um mês após as eleições.
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