João Pereira está de saída do comando técnico do Sporting, após ter sido capaz de conquistar apenas três vitórias ao cabo dos oito jogos realizados ao leme da equipa principal, tendo a 'gota de água' sido o empate sem golos concedido na visita ao Gil Vicente.
Frederico Varandas depositava grandes esperanças no jovem treinador, eleito para fazer face à súbita saída de Ruben Amorim para o Manchester United, mas a verdade é que os (maus) resultados acabaram por falar mais alto, pelo que a demissão será, ao que tudo indica, oficializada já nas próximas horas.
De acordo com a edição desta terça-feira do jornal A Bola, o homem eleito para o substituir é Rui Borges, o principal responsável pela boa temporada do Vitória SC, que somou por triunfos 18 dos encontros oficiais disputados esta temporada.
O técnico de 43 anos de idade já terá dado o 'sim' a um contrato válido para as próximas duas temporadas e meia, restando, agora, que todos os clubes envolvidos se entendam relativamente aos valores a pagar para que o 'casamento' se concretize
A cláusula de rescisão do mirandelense está fixada nos quatro milhões de euros, mas os vimaranenses pretendem receber um milhão de euros a mais, visto que terão de partilhar a verba com o Moreirense. Nada que, no entanto, não se resolva.
Rui Borges já deverá orientar o próximo treino dos leões, agendado para quinta-feira, na Academia de Alcochete, e irá estrear-se, à partida, já no tão aguardado dérbi da 16.ª jornada da I Liga, perante o Benfica, no Estádio de Alvalade.
Contestação em Barcelos foi fatal
A demissão de João Pereira surge menos de uma semana depois da 'feroz' defesa levada a cabo pelo presidente do Sporting, Frederico Varandas, durante a gala de atribuição dos Prémios Stromp, que deu indicações que um 'chicotada psicológica' estaria descartada.
"Tem uma máquina afinada à qual tem de se adaptar. Vou carregar este convite para o resto da minha vida, como o convite mais ingrato e o presente mais envenenado para um treinador. O clube não queria que fosse este momento, o João Pereira não queria que fosse este momento", referiu.
"Tirem cinco titulares aos nossos rivais. E pensem se a equipa não vai sofrer. Sofre... Só que para além do choque emocional que houve, da perda do nosso treinador, aconteceu nos nossos adeptos, staff, jogadores... Era inevitável não haver choque emocional", acrescentou, por entre críticas à arbitragem.
Uma posição que cairia, rapidamente, por terra, fruto, não só do resultado adverso registado na deslocação a Barcelos, como, sobretudo, da contestação levada a cabo pelos adeptos, que 'pediram a cabeça' do treinador... e o presidente leonino entregou-a.
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