Ataque do Hezbollah a militares da ONU no Líbano é "violação inaceitável"

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros condenou o ataque do Hezbollah hoje contra a missão das Nações Unidas no Líbano, considerando-o uma "violação inaceitável" do direito internacional. 

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© NICOLAS TUCAT/AFP via Getty Images

Lusa
22/11/2024 17:45 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Condeno veementemente este ataque contra a missão das Nações Unidas no Líbano: quatro militares italianos ficaram feridos na sequência do lançamento de dois mísseis pelo Hezbollah", escreveu Josep Borrell na rede social X.

 

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que quaisquer ataques, do Hezbollah ou de Israel, contra os capacetes azuis", são uma violação inaceitável do direito internacional".

Quatro soldados italianos ficaram feridos, nenhum com gravidade, depois de uma base da missão de manutenção de paz da ONU no sul do Líbano (UNIFIL) ter sido atingida hoje por 'rockets'.

As autoridades libanesas asseguram que os soldados feridos não correm risco de vida, apesar de a sua base, em Shama, ter sido alvo de dois 'rockets' lançados provavelmente pelo movimento xiita Hezbollah, um dos quais atingiu o exterior de um 'bunker', cuja estrutura não ruiu.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, apontou o Hezbollah como provável autor do ataque contra a base em Shama.

"Deverão ser dois mísseis [...] lançados pelo Hezbollah, mais uma vez", declarou o ministro à imprensa em Turim.

O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, reagiu a este ataque dizendo que o contingente italiano da UNIFIL no Líbano não pode ser refém da milícia libanesa.

"Entrei imediatamente em contacto com o comandante do contingente, Stefano Messina, para verificar as condições dos quatro militares, que não causam preocupação", disse Crosetto.

"Contactei também o meu homólogo libanês, reiterando que o contingente italiano da UNIFIL permanece no sul do Líbano para oferecer uma janela de oportunidade para a paz e não pode ficar refém dos ataques das milícias", assegurou o ministro, considerando a situação "intolerável".

"Ainda mais intolerável é a presença de terroristas no sul do Líbano que põem em perigo a segurança das forças de manutenção da paz da ONU e da população civil", adiantou.

 

AFE (RJP/PDF) // PDF

Lusa/Fim

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