Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) indicaram que os ataques foram efetuados com caças, sob a direção da Divisão de Inteligência, "que completaram outra série de ataques contra alvos terroristas na zona de Dahye, em Beirute, incluindo um depósito de armas, um quartel-general e uma infraestrutura terrorista da organização terrorista Hezbollah".
Os bombardeamentos israelitas têm-se concentrado nesta zona da capital libanesa desde o início de outubro, quando as tropas iniciaram a invasão terrestre israelita no sul do país, mas desde a semana passada que o exército tem vindo a lançar várias vagas de ataques num único dia.
Israel justifica os ataques a Beirute com o facto de as milícias libanesas terem instalado "as suas infraestruturas terroristas no coração da população civil".
"Este é mais um exemplo da utilização cínica de cidadãos libaneses como escudos humanos pela organização terrorista Hezbollah", acrescentam.
Os novos ataques surgem horas depois de o enviado especial dos Estados Unidos para o Líbano, Amos Hochstein, ter chegado a Telavive para insistir num acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
Espera-se que se encontre hoje com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o ministro da Defesa, Israel Katz.
O Ministério da Saúde do Líbano informou, entretanto, que os ataques aéreos israelitas na zona de Baalbeck, no vale de Bekaa, no leste do país, causaram a morte de 22 pessoas, com os meios de comunicação oficiais a noticiarem a morte de quatro membros da mesma família numa aldeia.
Por seu lado, o Hezbollah reivindicou hoje ter efetuado sete ataques contra soldados israelitas em Khiam e arredores, com os meios de comunicação social libaneses oficiais a informarem que o exército israelita estava a dinamitar casas e edifícios nesta cidade do sul do Líbano, perto da fronteira israelita.
Em comunicados separados, o movimento islamita afirmou que os seus combatentes tinham atacado as forças israelitas em Khiam e nas suas imediações, utilizando artilharia, foguetes e drones.
A agência noticiosa oficial ANI afirmou que "o exército inimigo" estava "a fazer explodir casas e edifícios residenciais durante a sua incursão na localidade".
Na quarta-feira, o Ministério da Saúde Pública libanês comunicou o número total de vítimas desde o início da guerra com Israel, há mais de um ano, e contabilizou 3.558 mortos e 15.123 feridos, na maioria civis.
Do lado israelita, 78 pessoas foram mortas por ataques lançados a partir do Líbano, das quais 47 eram civis (seis dos quais estrangeiros). Além disso, 46 soldados e um investigador foram mortos em combates no sul do país vizinho.
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