"Eu vejo isto como uma oportunidade incrível para a União Europeia [UE], e inclusivamente para o Reino Unido ou países como a Turquia ou outros países que se enquadram na nossa região europeia", disse hoje Mike Parra em conferência de imprensa no 'hub' da DHL Express em Leipzig (Alemanha), o maior da empresa a nível mundial, que emprega cerca de 7.000 funcionários.
Para o responsável, "este é o tempo para a UE se assumir e se tornar uma referência de esperança e de luz para o resto do mundo e dizer que está aberta aos negócios e ao comércio".
"A União Europeia não está à procura de impor tarifas a mais ninguém: sim aos Estados Unidos, mas não ao resto do mundo", considerou Mike Parra, observando que a dinâmica atual "entre a China e a Europa, e mais especificamente entre a Ásia-Pacífico e a Europa está a crescer 22%" na empresa.
O responsável máximo da DHL Express na Europa referiu ainda que se está a observar "um crescimento intra-Europa", apesar de um "pequeno abrandamento no peso [das encomendas]".
"Esta é uma oportunidade para a Europa, com o resto do mundo, como a América Latina", região que também está "aberta aos negócios, bem como o Canadá", apontou.
O responsável acrescentou ainda que "se os Estados Unidos decidirem sair da NATO, que é uma decisão deles" isso será também "uma oportunidade para a Europa para comprar [material de] Defesa dentro da região".
"A França sempre se chegou à frente e disse que estava disposta a fabricar armas militares e componentes de apoio à defesa da Europa. Eu vejo isto como uma oportunidade", disse.
Já questionado pela Lusa acerca do mercado da Península Ibérica, referiu que os dois países que a compõem (Portugal e Espanha) "partilham muitos traços e valores, e muitos padrões de negócios semelhantes", e lembrou o recente investimento de 25 milhões de euros no aeroporto do Porto.
Quanto ao aeroporto de Lisboa, afirmou que a DHL Express continua "a olhar" para a possibilidade de expansão.
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