Num comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae destaca que o resultado líquido atribuível aos acionistas reflete "o crescimento e melhoria de desempenho dos negócios, o aumento dos custos financeiros e dos impostos, o investimento na expansão e internacionalização do portefólio, a aposta na digitalização dos negócios e o esforço contínuo por ganhos de eficiência para oferecer a melhor proposta de valor aos clientes".
Em 2024, a Sonae registou um volume de negócios consolidado recorde de 9.947 milhões de euros, um aumento homólogo de 18,4% "impulsionado pelo desempenho robusto dos principais negócios, bem como por movimentos estratégicos no portefólio, nomeadamente as aquisições da Musti e da Druni".
O grupo refere ainda ter beneficiado do "reforço das posições de liderança dos principais negócios de retalho e da crescente internacionalização dos negócios, potenciada pelo crescimento orgânico e pelo investimento em aquisições".
Já o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) subjacente aumentou 25,8%, para 908 milhões de euros, com a Sonae a destacar "fortes melhorias na rentabilidade operacional dos negócios e uma contribuição sólida das empresas recentemente adquiridas".
"Os resultados pelo método de equivalência patrimonial beneficiaram de melhores resultados da NOS (+57% em termos homólogos) e Sierra (+10% em termos homólogos), refletindo os seus desempenhos robustos e crescimento sustentado", detalha.
O EBITDA consolidado atingiu os 1.034 milhões de euros (+4,5% em termos homólogos), já que o desempenho operacional positivo dos negócios e os resultados pelo método de equivalência patrimonial mais elevados "mais do que compensaram" a ausência de contributo da operadora de retalho de desporto Iberian Sports Retail Group (ISRG) após a sua venda, no último trimestre de 2023.
Numa base comparável (excluindo itens não recorrentes e a contribuição do ISRG em 2023), o EBITDA teria aumentado 30% em termos homólogos em 2024.
Com base nestes resultados, a Sonae vai propor uma distribuição de dividendos de 5,921 cêntimos por ação, mais 5% do que no exercício anterior, correspondendo a um 'dividend yield' de 6,5% (com base no preço da ação no final de 2024) e a um 'payout ratio' de 52% do resultado líquido consolidado atribuível ao grupo.
No comunicado hoje divulgado, a Sonae destaca ainda o investimento consolidado recorde de 1.589 milhões de euros em 2024, mais do dobro dos 665 milhões do ano anterior, traduzindo as aquisições efetuadas (num total de 1.121 milhões de euros) e a expansão e digitalização dos negócios.
Apesar deste investimento e do pagamento de dividendos de 154 milhões de euros, o grupo reporta ter terminado 2024 com uma dívida consolidada de 1.600 milhões de euros.
Citada no comunicado, a presidente executiva (CEO) da Sonae, Cláudia Azevedo, descreve 2024 como "um ano memorável" para a empresa, em que "todos os negócios tiveram um desempenho excecional num contexto de elevada competitividade".
A CEO refere o crescimento de 7% das vendas do segmento de retalho alimentar da MC, "impulsionadas por aumentos significativos nos volumes em todos os formatos, num ambiente de baixa inflação", a subida de 8% na faturação da Worten e os "resultados operacionais e financeiros recorde" da NOS, que, pelo método de equivalência patrimonial, atingiram 100 milhões nas contas consolidadas da Sonae, um aumento homólogo de 57%.
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