"Se houver alguém que roube dinheiro dos fundos europeus tem de ir para a cadeia. É a melhor solução. Não conheço melhor. Quem se quiser aproveitar dos fundos europeus deve ir para a cadeia", assinalou Castro Almeida, em resposta aos deputados, na comissão parlamentar de acompanhamento da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030 (PT 2030).
Ainda assim o ministro, que tem a pasta dos fundos europeus, vincou não definir objetivos ou políticas na presunção de que os agentes públicos são corruptos.
"Não presumo que o são até prova em contrário. Acho que estou demasiado velho para mudar de opinião sobre estas coisas", referiu.
Sobre as críticas relativas à falta de transparência na reprogramação do PRR, o ministro disse que toda a documentação já se encontra publicada e que pode ser consultada livremente, negando haver qualquer "obscuridade".
Já quanto à falta de auscultação prévia para a elaboração da reprogramação do plano, Castro Almeida adiantou que todos os ministérios e ministros fizeram reuniões a propósito deste tema, à semelhança do que aconteceu com quase todos os secretários de Estado.
Por outro lado, sublinhou que foi a Estrutura de Missão Recuperar Portugal que, com a orientação do Governo, fez este trabalho de reprogramação.
"Existem opções políticas e depois há um trabalho técnico da Estrutura de Missão, que trabalhou muitíssimo e cumpriu [um processo] ambicioso", notou, acrescentando não falar do "senhor secretário de Estado [do Planeamento] porque estava a fazer a sua obrigação".
[Notícia atualizada às 20h01]
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