"É definitivamente o ambiente geopolítico mais hostil que alguma vez enfrentámos. Como empresa chinesa, se quisermos fazer negócios nos Estados Unidos, vamos ser afetados por tudo, incluindo o agravar das taxas alfandegárias", afirmou Tsai num fórum financeiro em Hong Kong e citado pelo jornal da região semiautónoma South China Morning Post.
Segundo o empresário, isto deve-se ao facto de os norte-americanos considerarem que os fabricantes e exportadores chineses são demasiado fortes e vendem demasiados produtos.
"Quero lembrar ao Governo dos EUA que, enquanto plataforma, vendemos também para os consumidores chineses. Todos os anos, vendemos cerca de 50 mil milhões de dólares (48,5 mil milhões de dólares) de produtos norte-americanos aos consumidores chineses. Na verdade, estamos a ajudar a reduzir o défice comercial dos EUA", afirmou.
Perante a situação atual, o segundo maior acionista individual da empresa - apenas atrás do fundador, Jack Ma - garantiu que os administradores das empresas chinesas devem "identificar os riscos, proteger a empresa e diferenciá-la das que são mais vulneráveis".
Washington investigou, em 2022, o negócio de computação em nuvem da Alibaba para determinar se representava um risco para a sua segurança nacional. A empresa tecnológica é uma das muitas empresas do setor afetadas pelos controlos norte-americanos sobre a exportação de semicondutores avançados.
Tanto as autoridades como as empresas chinesas estão a preparar-se para o regresso, a partir da próxima semana, do republicano Donald Trump à Casa Branca, que no primeiro mandato (2017-2021) lançou uma guerra comercial contra o país asiático e prometeu novas taxas alfandegárias de até 60% sobre as importações oriundas da segunda maior economia do mundo.
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