"O Departamento do Tesouro espera atingir o novo limite entre 14 e 23 de janeiro e terá de começar a tomar medidas extraordinárias", afirmou Yellen na carta dirigida aos líderes da Câmara dos Representantes e do Senado.
No seu aviso, Yellen admite este é um momento importante no país e para o limite da dívida - que limita a quantidade de dinheiro que os Estados Unidos estão autorizados a pedir emprestado para financiar o governo e cumprir as suas obrigações financeiras -- devido ao momento político fraturante.
Essas medidas seriam principalmente manobras contabilísticas que impediriam o governo de exceder o limite da dívida, como a suspensão de vários investimentos em planos de poupança para funcionários públicos ou aposentados.
O limite de endividamento é o montante que o governo dos EUA pode pedir emprestado para cumprir com as suas obrigações legais, como a Segurança Social ou o programa de saúde Medicare, assim como o pagamento dos salários dos militares ou os reembolsos de impostos, entre outros.
"Peço respeitosamente ao Congresso a agir para proteger a plena fé e o crédito dos Estados Unidos", acrescentou a secretária.
Há pouco mais de uma semana, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que o teto da dívida fosse prolongado até 2029, no momento em que termina o seu segundo e último mandato.
O limite da dívida foi suspenso em junho de 2023 após uma negociação controversa sobre a despesa federal, os requisitos de trabalho para receber benefícios governamentais e o financiamento do Serviço de Receitas Internas.
Essa suspensão está programada para expirar a 2 de janeiro, forçando o Tesouro a começar a usar as chamadas medidas extraordinárias para permitir que o governo federal continue a pagar as suas contas.
No entanto, Yellen afirmou que, a 2 de janeiro, o limite da dívida será temporariamente reduzido, "principalmente devido ao reembolso programado de títulos não negociáveis detidos por um fundo fiduciário federal associado aos pagamentos da Medicare".
Em 2021, Yellen chamou o limite da dívida "destrutivo" e disse que deveria ser eliminado. O seu antecessor como secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, expressou sentimentos semelhantes em 2017, quando o descreveu como um "conceito um tanto ridículo" que não limitava os gastos.
Leia Também: Canadá negoceia taxas aduaneiras com futuro secretário do Comércio de Trump