Com o objetivo de chegar à final da Taça de Portugal, o Sporting deu, esta quinta-feira, um importante passo para marcar presença no mítico Jamor, ao vencer, por 2-0, o Rio Ave, no Estádio José de Alvalade. Os leões levam uma confortável vantagem para o segundo jogo da meia-final, em Paços de Ferreira, casa emprestada dos vila-condenses ate ao final da temporada.

Geny Catamo foi uma das quatro novidades no onze inicial leonino e deu razão à aposta, aos 12 minutos, com mais um belo golo marcado à entrada da área, na sequência de um canto.  Foi o sexto golo do ala moçambicano na presente temporada, tantos quanto os que marcou na época transata.

O intervalo não chegaria sem um segundo golo da turma verde e branca, desta feita pelo goleador-mor da equipa: Viktor Gyokeres (45'+1) recorreu à Panenka para superar Miesta na cobrança de uma grande penalidade. Igualou a marca da época passada, sendo que os 43 (!) disparos certeiros prometem não ficarem por aqui.

Desta forma, os atuais campeões nacionais estão bem encaminhados para voltarem a repetir presença no jogo decisivo da prova-rainha. A temporada tem sido marcada por diversas lesões, mas os leões tem superado as condicionantes e alimentam esperanças num possível dobradinha: campeonato e Taça. 

Já o Rio Ave continua em crise, somando a quarta derrota consecutiva e o sonho do Jamor está por um canudo. Tem sido uma presa fácil para o leão, que venceu os três jogos disputados até então.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Viktor Gyokeres realizou mais uma exibição de encher o olho com a camisola verde e branca. Apontou apenas um golo, mas ficou na retina os seus pormenores técnicos, enfrentando sem receio os defesas adversários, que não tinham solução para parar o camisola 9 dos verde e brancos. Na reta final da temporada, revela uma saúde à prova de ferro.

Surpresa

Geny Catamo aproveitou a titularidade e fez um bom jogo, culminado com golo à entrada da área. Os adversários continuam a deixar aquela zona desprotegida e o ala moçambicano não perdoa. Viu ainda um golo anulado no decorrer da segunda parte.

Desilusão

Numa autêntica falta de inspiração coletiva, era injusto nomear apenas um jogador. O guarda-redes Miesta foi o menos culpado, ao contrário dos restantes companheiros, incapazes de fazer frente ao leão, que nem teve de carregar no acelerador.

Treinadores 

Rui Borges foi sensato na altura em que optou por abdicar do seu sistema tático em prol do 3x4x3 implementado por Ruben Amorim. Apesar das várias lesões, que afetam o plantel, a equipa cresce de jogo para jogo e está cheia de confiança para um último terço de temporada exigente.

Petit viveu uma noite difícil em Alvalade. A equipa está sem confiança e apresentou um pobre futebol no relvado, exibindo pouca ambição para lutar por uma final. As coisas não estão fáceis...

Árbitro

António Nobre, da AF Leiria, teve um jogo discreto. Assinalou bem a grande penalidade sobre Geny Catamo e optou por deixar jogar. O ritmo do jogo não foi elevado, mas não por sua culpa.

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