Quatro derrotas consecutivas para todas as competições: "Se não encontrasse confiança em mim e nos jogadores, abandonava. Uma equipa que vem de três derrotas consecutivas conseguir entrar com personalidade, num campo difícil contra o Club Brugge, tranquilos e a ter posse de bola... É um momento difícil. Todos sabem o tempo que tenho no meu contrato, não são as derrotas que podem abalar o nosso trabalho."
Plantel curto: "O plantel já estava feito, é assim que o Sporting trabalha. Se estava a dar resultado com um plantel curto, não tenho porque me desculpar com o plantel ser curto. A formação do Sporting também serve para isto, quando existissem lesões os mais novos estarem aptos para assumir a responsabilidade. Apesar do momento gosto de ver o copo meio cheio e não meio vazio. Jogámos com dois jogadores de 17 anos, o Quenda e o João Simões, que é mais um jogador que vai dar frutos no futuro ao Sporting."
Análise: "Tivemos uma entrada forte e personalizada, com os jogadores a tentarem logo resolver o jogo desde cedo. Fizemos o 1-0 com todo o mérito. Depois voltámos a sofrer um golo que nem vai à baliza. É mais uma infelicidade e que mexe com a equipa, que vinha de três derrotas consecutivas."
Mexidas: "Na altura em que tiro o Maxi pelo Esgaio, ele tinha um amarelo e estava cansado. O Esgaio é um excelente profissional e estava apto para jogar. Não quis mexer muito na equipa porque estávamos num bom momento e já tinha realizado algumas alterações forçadas."
Tocha atirada pelos adeptos: "É normal os adeptos estarem insatisfeitos, quatro derrotas seguidas já não acontecia há muito tempo. Se eu estou triste e não consigo dormir, quanto mais os adeptos que fazem quilómetros para nos virem apoiar. Durante o jogo apoiam-nos, no fim é normal mostrarem o desagrado, nós como profissionais temos de assumir e receber as críticas, acreditando no nosso trabalho."
Margem de erro da equipa para o jogo contra o Boavista: "Não temos mais margem de erro no campeonato, temos de ganhar para continuar a lutar e não hipotecar as hipóteses de chegar ao bicampeonato. Queríamos fechar as contas do play-off, esta derrota não estava nos planos. Todos dizem que estamos juntos e unidos, sinto que confiam na palavra que passamos. Somos seres humanos e sentimos que quando estamos numa fase menos boa e entramos bem, é normal que comecemos a acreditar. Temos de ser mais fortes e dar uma resposta ainda mais positiva no próximo jogo."
O que mudou desde que é o treinador? "A única coisa que mudou no Sporting foi o treinador, com alguns jogadores lesionados. Não sou de arranjar desculpas, deixo para outros, tenho de assumir o que está a acontecer, estou aqui para dar a cara e vou fazê-lo sempre. Quando perdemos dou a cara, sou o principal responsável."
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