Em comunicado hoje divulgado sobre a evolução do mercado, a Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) registou que o número de novas matrículas "se manteve estável (0,7%)".
A ACEA destacou o desempenho positivo de Espanha (4,9%) e Itália (0,9%), que contrastou com as diminuições observadas na França (-2,7%) e na Alemanha (-0,4%).
O mês de outubro marcou o primeiro crescimento homólogo desde julho. No mês em análise, a ACEA verificou 866.397 registos de automóveis, mais 1,1%, uma variação que compara com os decréscimos de 18,3% em agosto e de 6,1% em setembro.
O mercado espanhol teve um crescimento de 7,2% e a Alemanha cresceu 6%, pondo fim a uma série de três meses consecutivos de quebras. Com as piores reduções, estiveram os mercados de França (-11,1%) e Itália (-9,1%).
As vendas de automóveis elétricos apenas a bateria (BEV, em inglês) representaram 14,4% das vendas em outubro, mas a percentagem de vendas face ao global acumulado nos primeiros 10 meses do ano baixou de 14,0% em 2023, para 13,2% este ano.
As matrículas de híbridos 'plug-in' baixaram 7,2% em outubro, tendo este segmento representado 7,7% das vendas do mês, contra 8,4% há um ano. No acumulado, também o 'share' destes veículos baixou, de 7,6% para 7,0%.
Após vários anos de forte crescimento, as vendas de automóveis elétricos estão agora em marcha-atrás, devido, nomeadamente, à redução dos prémios de compra em alguns países, mas também à antecipação de normas de emissão de CO2 mais rigorosas, que deverão permitir a chegada aos concessionários de modelos mais acessíveis.
No mercado, as motorizações híbridas foram as únicas a registar um crescimento em outubro (17,5%), representando um terço do mercado (33,3%), numa subida de quase cinco pontos percentuais face há um ano. No acumulado do ano, a variação foi semelhante, para uma quota de 30,4%.
Nos motores a combustão a gasóleo, as vendas caíram 6,8%, enquanto na gasolina houve uma subida de 3,7%.
Os carros a gasolina representam 30,8% do mercado, contra 33,4% há um ano, enquanto os veículos a gasóleo desceram para 10,9%.
Vários construtores, entre os quais a Renault e a Volkswagen, pedem o adiamento do endurecimento das normas de emissão de CO2 previsto para 2025, ao passo que a Stellantis se opõe.