IL diz que se não houver estabilidade, culpa é do novo governo

O coordenador da IL/Madeira, Gonçalo Maia Camelo, assegurou hoje que o partido vai fiscalizar o novo executivo regional e que, se não houver estabilidade para quatro anos de legislatura, a culpa é exclusivamente do Governo.

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© Reprodução Facebook Iniciativa Liberal Madeira

Lusa
28/03/2025 15:46 ‧ há 3 dias por Lusa

Política

Madeira

Gonçalo Maia Camelo falava aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, residência oficial do representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, que hoje recebeu os seis partidos que garantiram assento na Assembleia Legislativa.

 

É expectável que Ireneu Barreto indigite o ainda presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque (PSD), que voltou a vencer as eleições antecipadas de domingo. Os sociais-democratas ficaram a um deputado da maioria absoluta, que estará garantida através de um acordo que foi firmado com o CDS-PP.

"Se não houver estabilidade durante quatro anos e se, efetivamente, as medidas [de] que a Madeira necessita não forem feitas, a culpa é exclusivamente do Governo. Não vão poder imputar culpas a mais ninguém", afirmou Gonçalo Maia Camelo.

O coordenador da IL, eleito deputado único nestas eleições, garantiu que "será uma oposição responsável, moderada" e "não deixará em caso algum de fiscalizar este Governo".

"E estaremos sempre na Assembleia para defender as nossas medidas, as nossas propostas, que consideramos singulares e únicas e as únicas que, efetivamente, podem contribuir decisivamente para uma melhoria efetiva da Madeira", acrescentou.

"Porque uma coisa é certa, [...] acabaram-se as desculpas. Já não há governos de gestão, já não há oposição a bloquear a governação e, portanto, o que a Madeira precisa e este governo está obrigado a fazer são as medidas e as reformas que a Madeira e os madeirenses necessitam", reforçou.

O representante da República para região autónoma recebeu hoje os seis partidos que elegeram deputados nas eleições de domingo, nomeadamente o PSD (23 deputados), o JPP (11), o PS (oito), o Chega (três), o CDS-PP (um) e a Iniciativa Liberal (um).

Na terça-feira, dois dias após as eleições, as estruturas regionais do PSD e do CDS-PP definiram um acordo pós-eleitoral que assegura a maioria parlamentar na região e inclui a integração do líder dos democratas-cristãos do arquipélago, José Manuel Rodrigues, no executivo.

Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido num círculo único 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

O sufrágio ocorreu 10 meses após o anterior, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

As anteriores regionais realizaram-se em 26 de maio de 2024, tendo o PSD conseguido eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.

O PSD fez na altura um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta. Os sociais-democratas tiveram também já um acordo de incidência parlamentar com o PAN após as regionais de setembro de 2023.

Leia Também: Albuquerque vai ser indigitado como presidente do Governo da Madeira

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