O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou, esta quinta-feira, à margem de uma visita à Futurália, em Lisboa, o Governo da Aliança Democrática (AD) de apresentar "a taxa de execução de investimento público mais baixa dos últimos 10 anos".
"Aquilo que já estava bem, estava bem melhor há um ano, aquilo que já não estava bem está pior, como é o caso da Saúde", atirou.
Confrontado com a mais recente sondagem, que dá a AD à frente do PS, Pedro Nuno Santos salientou que também há "sondagens que dão a vitória ao PS" e que "há sondagens para todos os gostos".
"Não perdemos muito tempo com sondagens. Estamos concentrados na campanha, que é muito importante", garantiu, lembrando a notícia avançada hoje pelo Expresso, que envolve o primeiro-ministro em mais uma polémica, desta vez, relacionada com uma obra pública realizada em Espinho.
"Se no limite, Luís Montenegro vencesse as eleições, nós teríamos um primeiro-ministro permanentemente ensombrado por suspeitas e por dúvidas e a instabilidade manter-se-ia em Portugal", atirou.
Para Pedro Nuno Santos é, por isso, necessário "responsabilizar quem criou esta crise e quem provocou as eleições, que foi Luís Montenegro".
Sobre a presença nas listas do PSD de Hernâni Dias, antigo secretário de Estado que se demitiu devido a uma polémica com uma empresa imobiliária, Pedro Nuno Santos não mostrou qualquer surpresa.
"Se Luís Montenegro também está por que é que Hernâni Dias não haveria de estar?", perguntou.
Questionado sobre as listas do PSD e a presença de vários ministros, o líder do PS escusou-se a comentar em detalhe estas escolhas.
"Acho que foram maus ministros e portanto também não vão ser bons deputados. Nós não ganhamos nada com a presença de vários deles nas listas, mas isso é o PSD que se tem que responsabilizar pelas suas escolhas e serão depois confrontados depois com o voto", disse.
Recorde-se que as eleições antecipadas estão marcadas para domingo, dia 18 de maio.
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