"As pessoas já vivem na base da promessa há muitos anos. Chega a altura de eleições, o Governo Regional dá uma pancadinha nas costas e diz 'se votares em mim irás ter isso'. As pessoas estão cansadas, as pessoas já não acreditam nisso", avisou.
O candidato, que hoje participou em ações de campanha em vários bairros sociais no concelho do Funchal, realçou que, agora, as pessoas têm de "tomar a coragem" de ir às urnas e "passar um cartão vermelho" ao Governo Regional.
"Ao fim e ao cabo, [o executivo] não tem feito nada pelas pessoas, além das promessas", disse.
Paulo Azevedo, também líder regional da Nova Direita, que se estreia em eleições na região, mostrou-se confiante de que o partido vai conseguir eleger pelo menos um deputado à Assembleia Legislativa, considerando que o eleitorado madeirense vota maioritariamente à direita, mas está cansado do PSD, partido que governa o arquipélago desde 1976.
"Nós temos andado a apresentar as nossas propostas, que não são à base de promessas, mas sim soluções rápidas, que é isso que a população da Madeira precisa", explicou, vincando que a recetividade tem sido boa.
"Espero que as pessoas manifestem a sua revolta no domingo votando na Nova Direita, para ter mais uma voz a lutar pelos interesses da população", sublinhou, reiterando que o governo social-democrata "não apresenta soluções" e, por isso, "as pessoas estão cada vez mais no desespero".
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega -- que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário do PSD, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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