No espaço de comentário semanal na CNN, António José Seguro confirmou que criou, como fundador número 1, o Movimento UPortugal" para "contribuir para a participação cívica dos portugueses", mas recusou que este tenha qualquer relação com um movimento para apoio a uma eventual candidatura às presidenciais de 2026.
Questionado sobre se está à espera da decisão de António Vitorino - nome apontado como preferência da direção do PS - o antigo líder do PS respondeu que não.
"Tenho os meus tempos, tenho as minhas conversas. Eu sou livre, não dependo de ninguém. Não me fixam prazos nem eu tenho prazos. É em função do que eu entendo em cada momento", apontou.
Seguro deu como exemplos os anúncios de candidatura do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que foi em outubro, ou de Ana Gomes, que aconteceu em setembro, para justificar o tempo que tem para terminar esta ponderação de umas eleições que são só para o próximo ano.
Sobre as críticas do antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva, que o acusou de não cumprir "os requisitos mínimos" para ser Presidente da República, o socialista comentou: "Isso é tão baixo que não merece qualquer resposta da minha parte", disse, considerando que o dever de quem tem acesso ao espaço público é elevar o "nível da qualidade desse debate" e se "há outras pessoas que têm outra cultura política é lá com elas".
No fim de semana, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu que os interessados numa candidatura à Presidência da República "devem manifestar rapidamente" essa vontade, acrescentado que tem conversado com muita gente de dentro do partido.
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