"Preferia que ele tivesse suspendido, ele optou por isso [passar a deputado não inscrito]. Eu disse-lhe sempre que iria respeitar a decisão que ele tomasse. Dei-lhe a minha opinião, ele achou que deveria ir por outro caminho. Não posso dizer mais do que isto", afirmou José Pacheco, em declarações à agência Lusa.
O deputado Miguel Arruda, do Chega, eleito pelos Açores, foi constituído arguido, por suspeita do furto de malas no aeroporto, segundo confirmou à Lusa fonte policial.
Hoje, o presidente do partido, André Ventura, defendeu que se as explicações de Miguel Arruda não fossem satisfatórias, o deputado deveria suspender ou renunciar ao mandato.
Antes, fonte próxima do parlamentar já tinha dito à Lusa que Miguel Arruda tinha decidido passar a deputado independente.
Nas declarações à Lusa, o responsável do Chega nos Açores insistiu que se trata de uma decisão pessoal de Miguel Arruda e disse esperar que o deputado prove a sua inocência.
"Resolveu passar a independente e evoca as razões para defesa do partido. A partir deste momento, deixa de ser um assunto partidário em que eu não tenho nada a dizer. É um assunto do fórum pessoal. Espero que ele consiga provar a sua inocência", reforçou.
Na terça-feira, a PSP realizou buscas nas casas de Miguel Arruda em Lisboa e em São Miguel, nos Açores.
Nesse dia, fonte policial disse à Lusa que estão em causa suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade e que Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada quando viajava de e para os Açores no início e no final da semana de trabalhos parlamentares.
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