Preventiva para suspeito de matar jovem à porta de Bar Académico em Braga

Morte de um jovem de 19 anos à porta do Bar Académico em Braga aconteceu no último fim de semana, depois de a vítima denunciar que havia um grupo a adulterar bebidas alcoólicas. Agora, defesa do principal suspeito diz que a faca encontrada "era da vítima e não do agressor" e que faltam saber alguns dados, como o ADN encontrado nesta arma.

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Teresa Banha com Lusa
19/04/2025 16:35 ‧ há 2 horas por Teresa Banha com Lusa

País

Braga

O principal suspeito de matar um jovem de 19 anos após uma rixa à porta do Bar Académico em Braga ficou em prisão preventiva, após ser ouvido, este domingo, pelas autoridades competentes.

 

Em declarações aos jornalistas, em Famalicão, António Falé de Carvalho, advogado do suspeito - Mateus Machado - explicou que "ainda faltam determinadas investigações para ter noção mais completa da situação", nomeadamente, a identificação do ADN na arma do crime.

"O arguido deu uma explicação de que não era o autor do homicídio. Explicou ao tribunal que não era o autor do homicídio. O tribunal tinha indícios divergentes da versão do arguido, que entendeu serem suficientes para decretar a prisão preventiva. Vamos recorrer para o Tribunal da Relação e pôr em causa estes indícios que o tribunal apresentou", afirmou.

Questionado sobre se a falta dos resultados do sangue encontrado na faca ou a inexistência - para já - de imagens de videovigilância no processo deixam 'esperanças' para que o suspeito, de 27 anos, seja ilibado, o advogado respondeu: "Claro que sim. é uma das esperanças que temos. Os depoimentos oculares não são todos onde está indiciado. São poucos. Muito poucos até", detalhou.

"Há mais provas que vêm a caminho e que podem ajuizar a veracidade desses depoimentos", acrescentou, dizendo que teria sido pouco o tempo para ver o processo e que este agora iria ser analisado com rigor para um eventual recurso. 

Defesa diz que "faca era da vítima" e algumas testemunhas tinham "fumado erva"

Aos jornalistas, António Falé de Carvalho falou ainda acerca do 'peso' das testemunhas oculares neste processo e, sublinhando que não estava a desculpar ou a agravar testemunhos, algumas das pessoas no local "tinham fumado erva".

Mas é este mesmo grupo de testemunhas que podia não estar "em condições", segundo o que explica, que aponta algo que será agora o advogado vai ver com mais rigor, e que consta no processo: "A faca era da vítima. Quem levou a faca para a cena do crime foi a vítima e não o agressor. Consta do processo; uma testemunha disse claramente que a faca não era de nenhum agressor."

O advogado apontou ainda que a defesa "discorda completamente" da existência de perigo de fuga, no âmbito da ida do suspeito para Castelo Branco, onde foi detido na quinta-feira.

"Se ele tivesse querido fugir, tinha fugido no própria dia, não passado dois ou três dias", afirmou.

Note-se que o suspeito foi detido na casa de férias da namorada, de 17 anos, com quem tinha viajado desde Braga num autocarro. A família da jovem explicou, numa entrevista à TVI que "não fazia ideia" de nada.

"Não fazíamos ideia". Sogra de suspeito de matar 'Manu' quebra silêncio

Família da jovem, que tem 17 anos, contou que o casal viajou até uma casa de férias na zona de Castelo Branco para passar o fim de semana. Foi nessa casa que o suspeito foi detido.

Notícias ao Minuto | 23:41 - 18/04/2025

O caso

De lembrar que o homicídio aconteceu na madrugada de sábado e tudo começou com a denúncia de adulteração de bebidas alcoólicas no local. Segundo o que se sabe, Manuel Gonçalves denunciou um grupo que estaria a tentar alterar droga nas bebidas de algumas jovens.

A vítima mortal, estudante do 12.º ano, alertou o segurança para a situação, o que levou a que fosse agredido após a expulsão do agora detido e do seu grupo de amigos. Foi já no exterior que se envolveram numa rixa na qual a vítima foi esfaqueada diversas vezes por um elemento que fugiu para parte incerta.

Manuel Gonçalves foi ainda levado para o hospital, mas acabou por morrer devido à gravidade dos ferimentos.

[Notícia atualizada às 17h06]

Leia Também: "Explícito que não matou". Suspeito de Braga não se vai dar como culpado

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