Em comunicado publicado na página de Internet da Procuradoria-Geral Regional de Évora o MP indicou que, na sequência da emissão de mandados de detenção fora de flagrante delito, o Ministério Público apresentou, na terça-feira, o arguido a primeiro interrogatório judicial, "indiciado pela prática do crime de violência doméstica contra a ex-namorada".
Os factos, adiantou, ocorreram em Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, no distrito de Évora, e em Évora.
O MP acrescentou que, o suspeito encontra-se "fortemente indiciado de que, no decurso do relacionamento e após a separação, ocorrida em junho de 2024, maltratava física e psicologicamente a vítima, comportamentos que se intensificaram nos últimos dias, inclusive com ameaças contra a vida da vítima e que determinaram a sua detenção".
O Ministério Público adiantou ainda que, após realizado o interrogatório e "verificados os perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito", o MP promoveu a aplicação de medida de coação privativa da liberdade (prisão preventiva)".
Segundo o comunicado, o juiz de instrução decidiu sujeitar o arguido "a proibição de contactos, através de qualquer meio, direta ou por interposta pessoa, com a vítima e seus familiares, mediante fiscalização à distância, dispensando o tribunal, em razão da sua proteção, os consentimentos e fixando-se para o efeito um raio de distância (fixo e móvel) de 500 metros".
O suspeito ficou ainda com proibição de permanecer nas localidades de Alcáçovas e de Évora.
As investigações prosseguem sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora (2.ª secção especializada) com a coadjuvação da GNR.
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