No requerimento, o Chega aponta, sem referir nomes, o caso recentemente vindo a público de um dos quadros do Banco de Portugal "a exercer funções de consultor do Conselho de Administração, e a auferir uma remuneração de cerca de 15 mil euros".
Notando que não existe informação sobre as tarefas específicas destes consultores, nem quantas pessoas estão a exercer este tipo de funções no presente momento, nem informação sobre quais os critérios de recrutamento específicos para este tipo de funções e que a lei orgânica do Banco de Portugal (BdP) também não é explícita sobre o tema, o partido justifica assim, o pedido de audição a Mário Centeno.
Além de Mário Centeno, poderá também ser chamada à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, a administradora da BdP Helena Martins Adegas, a quem está atribuído o Departamento de Pessoas e Estratégia Organizacional (DPE).
A sugestão para que a administradora fosse também ouvida partiu de Hugo Carneiro, do PSD, tendo sido aceite. No entanto, o presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Filipe Neto Brandão, entendeu manter o requerimento original, com o entendimento de que a administradora também será ouvida caso o governador do BdP entenda que tal seja necessário.
Na apresentação do requerimento, o deputado Rui Afonso do Chega salientou a necessidade de o país ser informado sobre os custos em que incorre uma instituição como o BdP.
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