Moncorvo. "Cabecilha" controlava rede de lenocínio por videovigilância

Um dos dois homens detidos na madrugada de hoje em Torre de Moncorvo pela GNR pelo alegado crime de lenocínio é tido como o cabecilha e uma rede que controlava por videovigilância, disse hoje fonte da GNR.

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Lusa
09/12/2024 17:30 ‧ há 2 dias por Lusa

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Lenocínio

Em declarações à Lusa, a comandante do destacamento da GNR de Torre de Moncorvo, Edna Almeida, disse que o cabecilha da rede controlava três dos estabelecimentos de bebidas e restauração com recurso a sistemas de videovigilância remota, em concelhos dos distritos de Bragança e Guarda.

 

"O cabecilha desta rede, mesmo não estando nos estabelecimentos que ele geria, conseguia à distância controlar todo o que passava nesta casas e assim controlar a atividade que lá era desenvolvida", explicou.

Para além do cabecilha, a GNR deteve mais um homem e uma mulher em estabelecimento de restauração também pela alegada prática do crime de lenocínio ao recrutamento, incentivo e favorecimento do exercício da prostituição localizados nestes três estabelecimentos localizados nestes concelhos de Torre de Moncorvo, Aguiar da Beira e Seia.

Ainda de acordo com a comandante esta operação, à qual foi dado o nome de código Operação Hímeros, foram identificadas 11 mulheres na madrugada de hoje, na sua maioria sul americanas, mas também de nacionalidade portuguesa, que trabalhavam nestas casas tidas como estabelecimentos de restauração e bebidas.

"Estas 11 mulheres são na sua maioria sul-americanas, mas também mulheres de nacionalidade portuguesa estão a ser ouvidas para memoria futura pelo Procurador da República de Torre de Moncorvo [distrito de Bragança]", avançou a Edna Almeida.

Segundo a comandante, ao longo da investigação desencadeada, e que durava há cerca de um ano, foi ainda possível apurar que "as mulheres que trabalhavam nestas três casas não eram sempre as mesmas, já que saíam umas e outras entravam".

"Toda esta operação teve início no concelho de torre de Moncorvo e levou a investigação aos outros dois concelhos do distrito da Guarda", disse.

No seguimento das diligências policiais, foi dado cumprimento a três mandados de detenção e a 16 mandados de busca, 11 domiciliárias e cinco não domiciliárias (em veículos e estabelecimento comercial), culminando na detenção dos três suspeitos e na apreensão de 12.728 euros em numerário, cinco telemóveis, um 'tablet', três sistemas de videovigilância e diversos artigos. 3.000 cartões de consumo e documentos relacionados com a prática do crime.

Os três detidos, um deles [o cabecilha] com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, serão presentes na terça-feira pelas 10:00 no Tribunal Judicial de Torre de Moncorvo para aplicação das medidas de coação.

A operação policial contou com o reforço dos militares dos Postos Territoriais de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor, dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) de Bragança, Mirandela, Miranda do Douro, Seia e Gouveia, do Núcleo de Apoio Operativo (NAO) de Bragança, dos Destacamentos de Intervenção (DI) de Bragança, Guarda e Viseu e ainda de militares da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF).

Leia Também: GNR desmantela rede de prostituição e detém três pessoas em Bragança

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