Apoio "inequívoco" a Kyiv? "António Costa deu esse sinal no primeiro dia"

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, falou de vários conflitos, em Bruxelas, na Bélgica, onde reúne com alguns homólogos. Rangel sublinhou ainda que não acredita no consenso para a adesão imediata de Kyiv à NATO, mas que o apoio de Portugal para a entrada é "irreversível".

Notícia

© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto
03/12/2024 17:10 ‧ há 15 horas por Notícias ao Minuto

País

Paulo Rangel

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, reúne-se esta terça-feira em Bruxelas, na Bélgica, com os seus homólogos que pertencem à NATO. Entre vários cenários de guerra por todo o mundo, a guerra no leste europeu é um dos temas principais.

 

Questionado sobre os exercícios realizados por parte da Rússia com novos mísseis, armas hipersónicas, e qual o impacto para a Aliança - e negociações de paz -, Rangel afirmou: "O Governo português já o fez, mas também no quadro da NATO temos vindo a condenar o uso e até algumas experiências com novas armas e novos mísseis por parte da Federação Russa. É evidente que isso só serve para escalar ou para aumentar o clima de tensão em que vivemos".

O chefe da diplomacia lembrou que têm também sido condenados os ataques massivos com vista ao sistema elétrico na Ucrânia e uma tentativa de 'blackout' no país. "Evidentemente, que outra questão é uma questão de paz que se possa vir a encontrar. Evidentemente que isso passa por, em primeiro lugar, a própria Ucrânia ter essa disposição. E parece haver sinais nesse sentido", considerou, dando conta de que nesse cenário nunca estaria em causa a integridade territorial da Ucrânia, no âmbito da Carta das Nações Unidas, que não pode ser posta em causa por invasão unilateral.

"Mas, obviamente, que se vier a haver uma situação em que possa haver conversações com visto à paz, que passarão por várias mediações antes mesmo de poderem existir bilateralmente... Isso será um passo relevante. Isso é algo que, neste momento, é especulação qualquer coisa que se diga sobre um processo negocial".

Quanto à adesão à NATO, Paulo Rangel sublinhou que Portugal apoiará a entrada. "É algo irreversível. Apoiaremos esta adesão", reforçou, falando depois sobre o pedido de adesão imediata, levado a cabo por Kyiv. Sublinhando que poderia haver era uma recomendação de ministros, Rangel disse que "neste momento, aquilo que se perfila como possível é que haja uma recomendação dos ministros [para ponderação de convite] - e não o endosso da adesão imediato. Penso que para isso não haverá consenso. Falta ter a reunião para saber ao certo".

O chefe da diplomacia portuguesa foi também questionado sobre o apoio da Europa à Ucrânia, e trouxe o nome do antigo primeiro-ministro para cima da mesa. "Não foi só a Alta Representante. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse exatamente o mesmo, deu esse sinal logo no primeiro dia. Aparentemente, são os vários responsáveis que estão justamente a dar um sinal de apoio inequívoca à Ucrânia", atirou.

Durante a mesma declaração, Rangel lembrou que atualmente há vários conflitos em curso, e que em várias reuniões distintos conflitos já foram abordados - do Iémen ao Líbano, e também à "recentíssima crise na Síria".

"Tudo isto para lá daquilo que é a questão central que é a questão da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, e também, no fundo, de todas as consequências que esse conflito tem na região. Avançaremos para a Ucrânia a para a relação com a Rússia, amanhã. Esses são os temas que ainda faltam tratar nestas sessões", clarificou.

Quanto à Geórgia, que está quase há uma semana com milhares de manifestantes nas ruas, Rangel afirmou que "se há cosia que era evidente há muito tempo era a aspiração europeia do povo georgiano". "Entendemos que este agravar da situação é um passo atrás muito completo e difícil", atirou.

Leia Também: Blinken diz que NATO impedirá Rússia de usar inverno "como munição"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas