Primeiro-ministro saúda "notícias encorajadoras" de cessar-fogo no Líbano

O primeiro-ministro português saudou hoje as "notícias encorajadoras" do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah no Líbano, mas alertou que continua a "guerra aberta" no Médio Oriente.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
27/11/2024 23:24 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Médio Oriente

Luís Montenegro falava no final de um encontro de cerca de uma hora com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento (Lisboa).

 

Numa declaração sem direito a perguntas, o chefe do Governo transmitiu a Guterres apoio para que prossiga o seu mandato "com um foco muito grande no multilateralismo" e na capacidade que as Nações Unidas "ainda têm, e têm efetivamente, de poder contribuir para a paz, de poder contribuir para a salvaguarda dos direitos humanos um pouco por todo o mundo", apesar das circunstâncias que admitiu difíceis para todos, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas.

"Uma circunstância onde há conflitos abertos, uns de onde vêm notícias encorajadoras, como o cessar-fogo que ontem mesmo se obteve relativamente ao conflito no Líbano, mas, ainda assim, com a guerra aberta no Médio Oriente, manutenção da agressão da Rússia à Ucrânia, com focos de tensão no continente africano e, portanto, com uma responsabilidade que recai sobre todas as nações e também sobre a organização que as congrega, a ONU", disse.

O Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, já tinha saudado na terça-feira à noite o anúncio de cessar-fogo no conflito no Líbano, agradecendo os esforços da França e dos Estados Unidos.

A trégua de 60 dias entrou em vigor às 04:00 de hoje locais (02:00 em Lisboa), após mais de um ano de combates entre o grupo pró-iraniano e Israel, que causou milhares de mortos.

O acordo prevê uma retirada gradual do grupo xiita libanês Hezbollah e das tropas israelitas do sul e o envio do exército libanês para a fronteira.

Ao abrigo do acordo, os membros do Hezbollah devem retirar-se para norte do rio Litani e os Estados Unidos e a França trabalharão para que até 10.000 soldados libaneses sejam destacados para o sul do país "o mais rapidamente possível", segundo o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati.

Após quase um ano de trocas de tiros ao longo das regiões transfronteiriças entre os dois países desde 08 de outubro de 2023, um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado o sul de Israel, as forças israelitas deslocaram em setembro passado o foco das suas operações da Faixa de Gaza para o Líbano.

Segundo o Ministério da Saúde Publica libanês, mais de 3,7 mil pessoas morreram no país desde outubro de 2023, a maioria nos últimos dois meses, e acima de 1,2 milhões de habitantes estão deslocados.

Do lado israelita, 82 militares e 47 civis foram mortos em quase 14 meses de hostilidades.

O Hezbollah começou a bombardear Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo extremista palestiniano Hamas, que atacou território israelita em 07 outubro de 2023 e enfrenta, desde então, uma ofensiva israelita em Gaza.

Em setembro, Israel intensificou o bombardeamento do Líbano, a que se seguiu uma invasão do sul do país vizinho.

Leia Também: Guterres saúda cessar-fogo no Líbano como um "raio de luz de esperança"

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