Uma mulher morre a cada dois minutos por falta de cuidados de saúde maternos no mundo inteiro, revela o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde.
Fazendo referência a dados de 2023, o documento estabelece que se registaram 260 mil mortes maternas, o que corresponde a 712 por dia ou 30 por hora.
A OMS tinha estabelecido a meta de reduzir o numero de mortes maternas para 71 mortes por cada 100 mil mulheres grávidas e mães até 2030, porém esse valor, mas tendo em conta que a TMM global foi de 197 em 2023, será necessária uma diminuição anual de quase 15%, quando o nível atual é de cerca de 1,5%.
A maioria das mortes de mulher grávidas ou em pós parto acontece sobretudo em países de baixo e médio rendimento, como a África Subsariana e no Sul da Ásia, cerca de 70% (182.000) na primeira região e à volta de 17% (43.000) na segunda.
"O acesso a serviços de saúde materna de qualidade é um direito, não um privilégio, e todos partilhamos a responsabilidade de construir sistemas de saúde dotados de recursos que salvaguardem a vida de todas as mulheres grávidas e recém-nascidos", afirma a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), Natalia Kanem, citada num comunicado da OMS de divulgação do estudo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, associa-se hoje ao alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as mortes maternas e neonatais e ao pedido de ação urgente a todos os governos nesta matéria.
O chefe de Estado sublinha "a importância dos cuidados de saúde de qualidade das mães e dos bebés enquanto pilar fundamental das políticas públicas em saúde, e a urgência na garantia da assistência neonatal, um pedido deixado pela OMS neste Dia Mundial da Saúde, a todos os países e governos", lê-se na nota no site da presidência.
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