Turquia: Libertadas mais de 120 pessoas acusadas de participar em protestos

A Turquia libertou hoje mais de 120 pessoas detidas durante os protestos antigovernamentais que abalaram o país no mês passado.

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© ANGELOS TZORTZINIS/AFP via Getty Images

Lusa
10/04/2025 17:21 ‧ há 2 semanas por Lusa

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Turquia

Os tribunais de Istambul libertaram sob fiança 127 arguidos, na sua maioria estudantes universitários, que foram detidos nas suas casas a 24 de março, depois de terem participado em manifestações desencadeadas pela prisão do presidente da câmara da cidade, Ekrem Imamoglu, da oposição.

 

Imamoglu, detido a 19 de março sob a acusação de corrupção e terrorismo, é considerado o principal rival político do Presidente Recep Tayyip Erdogan, no poder há 22 anos.

A detenção de Imamoglu, escolhido pela oposição como candidato presidencial nas eleições previstas para 2028 e que exige a antecipação da votação para este ano, foi amplamente considerada como tendo motivações políticas e deu origem a protestos a nível nacional. O Governo turco insiste que o poder judicial é independente e que não tem qualquer influência política.

Mais de 2.000 pessoas foram detidas por terem participado nas maiores manifestações no país em mais de uma década. Destas, cerca de 300 estavam presas a aguardar julgamento.

As pessoas libertadas hoje são acusadas de participar em protestos proibidos.

Um tribunal libertou 102 suspeitos, muitos deles estudantes que vão entrar na época de exames, depois de considerar o tempo que já tinham passado na prisão, o baixo risco de fuga e a condição de não viajarem para o estrangeiro. 

Um outro tribunal libertou mais 25 pessoas, na condição de se apresentarem regularmente à polícia.

As libertações de hoje surgem na sequência de uma campanha organizada pelos pais de muitos estudantes, tendo muitos deles efetuado vigílias diárias no exterior de uma prisão em Silivri, a oeste de Istambul.

Entre os libertados encontra-se o proeminente manifestante Berkay Gezgin, um estudante de 22 anos que conheceu Imamoglu na campanha eleitoral de 2019 e criou a palavra de ordem "Tudo vai ficar bem", que o presidente da câmara de Istambul utilizou mais tarde na sua campanha.

Os processos dos arguidos serão julgados em junho e setembro no Tribunal de Caglayan, em Istambul.

Leia Também: Turquia e Israel em discussões para evitar conflitos em território sírio

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