A televisão al-Massirah dos Houthis anunciou uma "agressão americana com dois ataques ao distrito de Sahar", na província de Saada.
Em 15 de março, os Estados Unidos realizaram ataques intensivos contra alvos Houthi, prometendo utilizar "força esmagadora" enquanto os rebeldes continuassem a atacar navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.
Os Estados Unidos afirmaram ter matado vários altos funcionários houthis nesse dia. Já os Houthis avançaram que 53 pessoas foram mortas, muitas das quais mulheres e crianças, e que pelo menos 98 ficaram feridas.
Após os ataques dos EUA, os Houthis, apoiados pelo Irão, reivindicaram a responsabilidade por vários ataques ao porta-aviões americano USS Harry Truman no Mar Vermelho, uma zona marítima vital para o comércio mundial.
Desde 15 de março, os Houthis, que controlam vastas áreas do país devastado pela guerra, incluindo a capital Sanaa, têm anunciado regularmente ataques dos EUA contra os seus redutos, por vezes com mortes.
Os EUA não confirmam sistematicamente estes ataques, mas um funcionário do Pentágono disse à agência francesa France Presse que "o Centcom (Comando Central dos EUA) está a realizar ataques diurnos e noturnos contra várias instalações dos Houthi apoiados pelo Irão no Iémen".
Os ataques americanos têm como objetivo neutralizar as ameaças Houthi no Mar Vermelho.
Após o início da guerra em Gaza, desencadeada por um ataque a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro de 2023, os rebeldes realizaram vários ataques com mísseis contra Israel e navios acusados de terem ligações com Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos.
Após o reinício da ofensiva israelita contra Gaza, em 18 de março, na sequência de uma trégua de dois meses, os Houthis voltaram a disparar mísseis contra Israel, que foram intercetados.
Desde a reativação da ofensiva, a 18 de março, as autoridades palestinianas registaram 792 mortos.
Israel retomou os ataques, responsabilizando o Hamas por ter rejeitado uma nova proposta para manter a trégua.
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