"Na delegação, composta por mais de 20 pessoas, viajam não só funcionários de vários ministérios e entidades, mas também representantes da comunidade empresarial norte-coreana", informou a Embaixada da Rússia em Pyongyang no canal Telegram.
Durante a visita "estão previstas reuniões e consultas com os colegas russos, durante as quais se pretende discutir a aplicação do protocolo da anterior reunião da comissão intergovernamental realizada em novembro do ano passado", segundo a mesma fonte.
Os "parceiros coreanos visitarão várias empresas russas com o objetivo de estabelecer contactos de trabalho no âmbito da execução de projetos comuns em várias áreas", acrescentou ainda a representação diplomática em Pyongyang.
A visita ocorre dois dias depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Choe Son-hui, ter recebido uma delegação diplomática russa chefiada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrei Rudenko.
Rudenko reuniu-se com o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-gyu, com quem concordou em continuar a tomar medidas práticas para reforçar a cooperação bilateral, à luz do tratado de parceria estratégica global assinado pelos líderes dos dois países, Vladimir Putin e Kim Jong-un, em junho.
O tratado prevê a assistência militar mútua em caso de ataque.
Tratou-se da primeira visita de diplomatas russos à Coreia do Norte desde junho, altura em que acompanharam o presidente Putin na sua viagem a Pyongyang.
Alguns analistas citados pela agência noticiosa estatal KCNA especularam que a delegação diplomática russa poderá ter escolhido este momento para explicar a proposta de cessar-fogo patrocinada pelos Estados Unidos na Ucrânia e para trocar pontos de vista sobre o envio de mais tropas norte-coreanas para o conflito, que se iniciou há mais de três anos.
Os serviços secretos sul-coreanos afirmaram, no mês passado, que a Coreia do Norte estava a enviar tropas adicionais depois do envio de cerca de 11.000 soldados para combater ao lado das forças militares russas no conflito na Ucrânia.
A Coreia do Sul disse ter detetado sinais de que Pyongyang enviou cerca de mais 1.000 soldados este ano.
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