Starmer pede a líderes pressão sobre Rússia para forçar negociações

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, exortou hoje vários líderes internacionais que "mantenham a pressão" sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, para que este aceite um cessar-fogo na Ucrânia e inicie negociações de paz.

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© REUTERS/Claudia Greco/Pool

Lusa
15/03/2025 11:30 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Na intervenção de abertura de uma reunião virtual, Starmer afirmou que "mais cedo ou mais tarde, ele vai ter de se sentar à mesa e iniciar uma discussão séria".

 

Pelo contrário, vincou, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, presente na conferência, "demonstrou mais uma vez que a Ucrânia é o partido da paz, porque concordou e comprometeu-se com um cessar-fogo incondicional de 30 dias". 

Aos cerca de 25 países presentes na chamada por videoconferência, entre os quais Portugal, Starmer disse que não devem ficar "simplesmente à espera" mas continuar a apoiar a Ucrânia de forma militar e financeira, e também preparar uma força de manutenção de paz. 

"Tendo em conta os desenvolvimentos dos últimos dias, [temos de] manter a pressão sobre Putin para que se sente à mesa das negociações. E penso que, coletivamente, temos uma série de formas de o fazer", acrescentou. 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reiterou a necessidade de continuar o trabalho para formar o que chama de "Coalition of the Willing", uma coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares. 

Uma sessão de planeamento militar deverá ser realizada na próxima semana.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, representa Portugal na reunião, um dos cerca de 25 países representados, a maioria europeus, mas que também vão incluir o Canadá, a Ucrânia, a Austrália e a Nova Zelândia.

A União Europeia e a NATO também estão presentes. 

A conferência de hoje acontece após várias semanas de diplomacia intensa por parte dos países europeus para mostrar aos Estados Unidos a disponibilidade para participar num processo de paz, mas também dos EUA, que tem mantido contactos com Kiev e Moscovo para chegar a um entendimento. 

Esta semana, Kiev aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este plano e levantou "questões importantes" que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.

O G7 expressou, numa declaração final após uma reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros, o seu "apoio inabalável" à "integridade territorial" da Ucrânia e ameaçou a Rússia com novas sanções se não apoiar a proposta norte-americana de uma trégua de 30 dias, já aceite por Kiev mas que encontrou resistências do Kremlin.

Leia Também: Keir Starmer acusa Vladimir Putin de "não levar a paz a sério"

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