Angola apela a cessar-fogo na RDCongo em véspera de negociações de paz

O Presidente angolano e presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, apelou a um cessar-fogo no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) para favorecer as negociações de paz entre o movimento M23 e a delegação congolesa.

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Lusa
15/03/2025 13:24 ‧ há 8 horas por Lusa

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Angola

Numa nota divulgada hoje pelos serviços de imprensa da presidência angolana, João Lourenço, que tem agido como mediador do processo de paz, apela às partes em conflito para que cessem as hostilidades a partir das 00h00 de domingo.

 

"O cessar-fogo deverá incluir todas as eventuais ações hostis contra a população civil e a conquista de novas posições na zona do conflito, na perspetiva de que estas e outras iniciativas levem à criação de um clima de distensão que favoreça o início de conversações de paz a decorrer proximamente em Luanda, entre a República Democrática do Congo e o M23", refere a nota.

As conversações, intermediadas por Luanda, deverão ter lugar na capital angolana no dia 18 de março, sendo a primeira vez que o governo da RDCongo aceita negociar diretamente com os rebeldes do M23, que Kinshasa diz serem apoiados pelo Ruanda e que têm avançado no território congolês

Na sexta-feira, João Lourenço recebeu no Palácio Presidencial, em Luanda, um enviado especial do seu homólogo congolês, Félix Tshisekedi, que não prestou declarações à imprensa.

Não foram divulgados detalhes do encontro, que estará relacionado com as questões de segurança e estabilidade no leste da RDCongo.

O grupo armado M23 voltou a pegar em armas em 2021, apoiado por tropas ruandesas, segundo especialistas da ONU, e conquistou as duas principais cidades da região leste da RDCongo, Goma e Bukavu (províncias do Kivu Norte e Kivu Sul), numa ofensiva relâmpago contra o exercito do país, nos últimos dois meses.

O leste da RDCongo, rico em recursos minerais, tem sido devastado nas últimas três décadas por vários conflitos.

Desde 2021, o movimento M23 apoderou-se de vastas extensões de território nas províncias mineiras do Kivu Norte e do Kivu Sul, igualmente ricas em coltan, minério do qual é extraído o tântalo, essencial para o fabrico de equipamentos eletrónicos modernos.

Em abril de 2024, assumiu o controlo da mina de Rubaya, no Kivu do Norte, a maior mina de coltan da RDCongo.

Leia Também: Mais de 400 crianças na RDCongo recrutadas por milícias em dois meses

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