Os sobreviventes e as famílias das vítimas deste ataque de fundamentalistas islâmicos em Palma, Moçambique, em março de 2021, apresentaram uma queixa no outono de 2023 contra o gigante francês do petróleo e do gás, que estava a realizar um megaprojeto de gás na região e que acusaram de negligência.
As vítimas, três sobreviventes e quatro familiares de nacionalidade sul-africana e britânica, acusam o grupo (ex-Total) de não garantir a segurança dos seus subcontratantes.
O ataque em Palma, reivindicado por um ramo africano do grupo extremista Estado Islâmico (EI), teve início em 24 de março de 2021, durou vários dias e causou um número desconhecido, até à data, de vítimas entre a população local e os subcontratantes da TotalEnergies.
Maputo apenas indicou um número de cerca de 30 mortos, mas, segundo um jornalista independente, Alexander Perry, o número de vítimas ascende a 1.402 civis mortos ou desaparecidos, incluindo 55 subcontratantes.
Muitos deles tinham-se refugiado num hotel nos arredores da cidade, que foi cercado pelos extremistas.
Na ocasião, a Total liderava o megaprojeto de exploração de um enorme depósito de gás natural na península de Afungi.
O ataque levou à suspensão do projeto, que representa um investimento total de 20 mil milhões de dólares (18 milhões de euros).
O presidente do grupo, Patrick Pouyanné, disse que esperava relançar o projeto antes do final de 2023, algo que não sucedeu.
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