Pequim critica pressão "infundada" a empresas chinesas após caso Huawei

O Governo chinês pediu hoje que não se politize questões comerciais nem se recorra a medidas "infundadas" para reprimir empresas chinesas além-fronteiras, em referência à recente investigação sobre a alegada corrupção ligada à Huawei no Parlamento Europeu.

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© PEDRO PARDO/AFP via Getty Images

Lusa
14/03/2025 08:26 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Parlamento Europeu

 "A China sempre exigiu que as suas empresas cumpram rigorosamente as leis e os regulamentos dos países onde operam", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa.

 

"Esperamos que as partes relevantes respeitem as regras económicas e comerciais internacionais e proporcionem um ambiente comercial justo, transparente e não discriminatório para as empresas chinesas na Europa", acrescentou.

Mao sublinhou que "as questões comerciais não devem ser politizadas e as empresas não devem ser reprimidas através de meios infundados", numa resposta ao inquérito de Bruxelas contra a Huawei, cujos lobistas estão a ser investigados por alegado suborno, falsificação e branqueamento de capitais no Parlamento Europeu, num caso que envolve uma empresa com sede em Portugal.

O gigante tecnológico chinês afirmou hoje que tem "tolerância zero" para a corrupção.

"A Huawei leva estas alegações a sério e vai comunicar urgentemente com os investigadores para compreender melhor a situação", disse um porta-voz da empresa, em comunicado.

O caso, que levou ao encerramento dos gabinetes dos assistentes parlamentares no Parlamento Europeu, reacendeu o debate sobre a presença de empresas chinesas em setores estratégicos na Europa.

A Comissão Europeia recomenda a restrição ou exclusão da Huawei das redes 5G dos Estados-Membros a partir de 2023, uma medida apoiada pelos Estados Unidos na sua política de contenção da tecnologia chinesa.

Pequim tem repetidamente rejeitado as acusações contra as suas empresas tecnológicas, dizendo serem tentativas de bloquear o seu acesso aos mercados ocidentais sob falsos pretextos de segurança.

Leia Também: Transparência Internacional acusa PE de "medidas cosméticas"

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