O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse, em comunicado, que estas medidas foram introduzidas "em resposta ao que é agora o décimo sexto pacote de sanções" da UE contra Moscovo, e denunciou a "obsessão" destes países em "infligir uma derrota estratégica" ao seu país.
"A União Europeia continua a tomar medidas unilaterais e ilegítimas ao abrigo do Direito internacional", lamentou a diplomacia russa, referindo-se a um pacote de medidas adotadas em meados de fevereiro, após o terceiro aniversário do início da guerra na Ucrânia, na sequência da invasão pela Rússia.
"Em resposta a estas ações hostis, a Rússia adicionou representantes de instituições europeias e de países da UE à sua lista, de acordo com os seus regulamentos, proibindo todos eles de entrar em território russo", acrescenta o comunicado.
O Governo russo indicou que entre os abrangidos se encontram altos funcionários "dos países responsáveis por entregar ajuda militar à Ucrânia, realizar atividades que comprometem a integridade territorial da Rússia e organizar o bloqueio de navios e cargas russos no Mar Báltico".
O texto destaca ainda a inclusão de indivíduos implicados na "perseguição" a altos funcionários russos acusados de "alegadamente realizar detenções arbitrárias de cidadãos ucranianos", bem como de responsáveis pela introdução de sanções contra Moscovo, que procuram apenas "prejudicar as relações entre os países".
"Isto afeta os representantes do Conselho da Europa que se envolveram em atividades antirrussas", explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, argumentando que "as ações hostis contra o país não ficarão sem resposta".
"A Rússia, apesar de tudo, continuará o seu rumo e defenderá os seus interesses nacionais, ao mesmo tempo que protege a nova ordem mundial", concluiu a diplomacia russa.
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