Abdelatty falava durante um encontro com o primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Mustafa, algumas horas depois de Donald Trump ter proposto que os Estados Unidos assumissem o controlo do território palestiniano e que os habitantes fossem deslocados para outros países.
Trump já tinha defendido a transferência dos habitantes de Gaza para o Egito e para a Jordânia, dois países vizinhos que rejeitaram categoricamente a proposta.
De acordo com a France-Presse, a declaração do ministro egípcio não se refere diretamente ao último anúncio feito por Trump após a reunião com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu em Washington.
Abdelatty e Mustafa concordaram com "a importância de progredir rapidamente nos projetos de recuperação a um ritmo acelerado sem que os palestinianos abandonem a Faixa de Gaza, em particular devido ao apego à terra e à recusa em deixar" o enclave.
Em Washington, durante uma conferência de imprensa conjunta com Netanyahu, o Presidente norte-americano disse que tem o apoio de altos dirigentes do Médio Oriente.
O Egito e a Jordânia, dois aliados dos Estados Unidos na região, já tinham manifestado na semana passada a rejeição à proposta de Trump de "limpar" a Faixa de Gaza e apelaram à implementação da solução dois Estados, com Israel e a Palestina lado a lado.
Hoje, Abdelatty sublinhou também a importância do reforço político e económico da Autoridade Palestiniana em Gaza, para que assuma as responsabilidades nos territórios ocupados.
O Hamas, que tomou o poder na Faixa de Gaza em 2007, não faz parte da Autoridade Palestiniana.
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