Presos políticos iniciam greve de fome na Venezuela

Presos políticos na prisão de alta segurança de Tocuyito (Carabobo) e em El Helicoide iniciaram uma greve de fome na tarde de sexta-feira para exigirem a sua libertação e denunciarem os maus-tratos de que dizem ser vítimas.

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Lusa
04/01/2025 21:07 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Venezuela

O Comité para a Liberdade dos Presos Políticos (CLIPP) anunciou hoje, através da sua conta na rede social X, que presos como Héctor Alonso Esqueda Nieves, detidos durante os protestos pós-eleitorais, participam no protesto.

 

"O preso político Héctor Alonso Esqueda Nieves ligou aos seus familiares para informá-los de que iniciou uma greve de fome em protesto para exigir a sua libertação imediata, uma vez que é inocente", lê-se na mensagem.

A Esqueda Nieves, pai de três menores, juntaram-se outros presos políticos cujas identidades não foram reveladas, num "gesto de solidariedade e resistência face à injustiça".

Pelo menos quarenta presos políticos do centro penitenciário de El Helicoide, que é também o edifício sede na sede do Serviço Bolivariano de Informações Nacionais (SEBIN), juntaram-se aos detidos de Tocuyito para exigir justiça e contra o tratamento cruel e desumano sofrido durante uma "busca arbitrária", bem como a sua libertação imediata.

O Comité para a Liberdade dos Presos Políticos apelou "às organizações internacionais para condenarem as graves violações dos direitos humanos e agirem" perante a "situação alarmante que afeta os presos políticos e as suas famílias, que enfrentam uma evidente violação sistemática dos direitos fundamentais na Venezuela".

"Os presos políticos estão exaustos dos constantes abusos, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes que enfrentam nas prisões do governo venezuelano" e "o Estado venezuelano deve responder pelas graves violações dos direitos humanos que são denunciadas", enfatizou.

Na passada segunda-feira, o Ministério Público registou 413 libertações de pessoas detidas durante os protestos que se seguiram às eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais a oposição denuncia fraude eleitoral a favor do Presidente Nicolás Maduro.

No entanto, a ONG Foro Penal informou que no final do ano havia um número recorde de 1.794 presos políticos, a maioria deles presos durante os protestos contra Maduro.

Leia Também: Sudão rejeita relatório utilizado pela ONU sobre a propagação da fome

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