Aprovada em agosto de 2006, a Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas visou resolver a Guerra do Líbano que decorria nesse ano e determinou a cessação total das hostilidades e a retirada das suas forças israelitas do Líbano, passando a ser permitida a presença de forças armadas da FINUL e do Líbano.
Por isso, acrescentou hoje a ONU em comunicado, Israel deve retirar os seus soldados das áreas que ocupou no sul do Líbano na sequência da sua campanha de bombardeamentos e incursões militares no país árabe e deve ser concluído o envio das Forças Armadas Libanesas para a região, no âmbito de "um exaustivo caminho para a paz".
A FINUL garantiu ainda estar disponível para desempenhar o seu papel de "apoio a ambos os países, no cumprimento das suas obrigações".
Isso "inclui garantir que a área a sul do rio Litani está livre de pessoal armado, bens ou armas que não sejam do Governo do Líbano e da FINUL, bem como respeitar a Linha Azul [demarcação de fronteiras entre o Líbano e Israel estabelecida pelas Nações Unidas em 2000]", argumentou.
Por fim, a missão das Nações Unidas sublinhou que "as forças de manutenção da paz continuarão com as tarefas para as quais foram mandatadas, incluindo a monitorização e a apresentação de relatórios ao Conselho de Segurança [da ONU] sobre todas as violações da resolução 1701".
As autoridades libanesas e o partido xiita libanês Hezbollah denunciaram, em diversas ocasiões, que Israel está a cometer violações do cessar-fogo, enquanto o exército israelita afirmou que está a implementar o pacto e a responder às ações do partido xiita, apoiado pelo Irão.
O conflito já fez mais de 4.000 mortos no Líbano, segundo os últimos números das autoridades.
A invasão do Líbano por Israel começou a 01 de outubro, constituindo uma escalada no conflito em curso entre Telavive e Hezbollah, que apoia o grupo islamita palestiniano Hamas, em guerra em Israel desde outubro do ano passado.
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