A queda de um avião no Cazaquistão continua a dar que falar esta quinta-feira, com algumas troca de farpas a acontecerem - e a envolverem a Rússia.
Pelo menos 38 pessoas morreram no avião da Azerbaijan Airlines, depois de este se ter despenhado. Tudo aconteceu na quarta-feira mas, esta quinta-feira, enquanto a situação é investigada, já surgiram algumas possibilidades sobre o que poderá ter acontecido.
O avião, um Embraer 190, fazia a ligação entre Baku, capital do Azerbaijão, e Grozny, na região russa da Chechénia.
O quê (e quem) diz o quê?
Segundo quatro fontes, que falaram à Reuters sob condição de anonimato, o avião foi abatido por um sistema de defesa aérea russo. O organismo russo que controla a aviação afirmou que a situação pode ter vindo na sequência de um ataque de aves.
Já os Estados Unidos corroboram a hipótese que o avião se despenhou depois de ser atingido por um sistema antiaéreo russo, segundo um oficial disse à Reuters, sob condição de anonimato.
Ainda no continente americano, também o Canadá se pronunciou, com o ministério dos Negócios Estrangeiros a pedir "à Rússia que permita uma investigação aberta e transparente e aceitar os resultados".
O vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, Qanat Bozymbaev, vincou que não podia confirmar ou negar a tese.
E o que diz a Rússia?
Após o assunto ser tema em cima da mesa para muitos países, também a Rússia se pronunciou sobre o assunto.
Em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou para que não fossem levantadas hipóteses antes do tempo, dizendo: "Seria errado avançar quaisquer hipóteses antes das conclusões do inquérito. É evidente que não o faremos, e ninguém o deve fazer. Temos de esperar que o inquérito esteja concluído".
Mais tarde, o Cazaquistão adiantou que a investigação ainda decorre.
Recorde-se que o avião de passageiros da Embraer despenhou-se perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, provocando, pelo menos, 38 mortos.
O incidente aconteceu depois de se ter desviado de uma zona da Rússia onde têm sido utilizado sistemas de defesa aérea contra ataques de drones ucranianos.
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