"Quero agradecer ao Presidente Trump pela sua forte declaração de ontem [segunda-feira] sobre a obrigação do Hamas de libertar os reféns", disse Benjamin Netanyahu numa curta mensagem de vídeo em inglês transmitida pelo seu gabinete.
A mensagem "acrescenta mais uma força aos nossos esforços contínuos para libertar todos os reféns", disse o líder do executivo israelita.
Trump lamentou nas redes sociais que o mundo se limite a "palavras" e não tome "medidas" para pressionar a libertação dos reféns feitos no dia 07 de outubro de 2023, durante o ataque sem precedentes do Hamas em território israelita.
"Se os reféns não forem libertados até 20 de janeiro de 2025, data em que orgulhosamente tomarei posse como Presidente dos Estados Unidos, o Médio Oriente e os responsáveis por estas atrocidades contra a humanidade pagarão um preço TERRÍVEL", advertiu.
Os responsáveis "pagarão com uma dureza nunca vista na longa história da América", proclamou o republicano na sua rede social Truth Social.
Netanyahu não deu sinais de abrandar a ofensiva na Faixa de Gaza, apesar do cessar-fogo acordado com o movimento xiita Hezbollah na frente libanesa e, a partir de janeiro, voltará a ter um aliado na Casa Branca que, durante o seu primeiro mandato (2017-2021), fez gestos políticos como a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, cidade disputada por israelitas e palestinianos.
O movimento de resistência islâmica (Hamas) disse esta segunda-feira que mais de 30 dos cerca de 250 reféns feitos durante o ataque de 07 de outubro de 2023 foram mortos pelos ataques das Forças de Defesa de Israel (FDI), na sequência da feroz campanha militar no enclave palestiniano no dia seguinte àqueles ataques.
As FDI confirmaram que o soldado Omer Maxim Neutra, cidadão israelo-americano que figurava na lista dos raptados durante os ataques do Hamas de 07 de outubro, foi efetivamente morto durante o assalto e o seu corpo sem vida foi levado de volta para a Faixa de Gaza pelo grupo islamita.
Calcula-se que cerca de uma centena de pessoas estejam ainda detidas sob a custódia do Hamas e escondidas em túneis subterrâneos em Gaza, embora as autoridades israelitas não arrisquem dizer se estão vivas ou mortas.
Perante esta situação, as famílias dos reféns continuam a pressionar o Governo israelita para que se chegue a um acordo em Gaza que inclua a libertação dos reféns.
Cerca de 120 reféns foram libertados pelo Hamas em novembro do ano passado, durante uma trégua de uma semana, a única no conflito no enclave palestiniano em quase 14 meses.
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