Um polícia australiano que usou um taser - arma de choques - contra uma idosa de 95 anos num lar foi acusado de homicídio culposo, na quarta-feira.
De acordo com o The Washington Post, o caso remonta a novembro de 2023 e o sucedido aconteceu depois de ter sido reportado que uma idosa estava armada com uma faca num lar.
O polícia terá atacado a idosa de 95 anos, que sofria de demência, quando a encontrou sozinha numa sala.
Ao ser atingida pelo taser, a utente caiu e bateu com a cabeça. Uma semana depois, morreu dos ferimentos causados.
O jornal americano escreve ainda que durante uma audiência no tribunal foi passada uma filmagem do encontro de ambos, que durou cerca de dois a três minutos, e que se ouve o polícia a dizer “que se lixe isto”, usando então depois o taser.
Os advogados do acusado disseram que o uso do taser foi razoável e proporcional da força, uma vez que a idosa não tinha cumprido com o pedido de largar a faca.
No entanto, os procuradores alegaram que o uso do taser foi excessivo, tendo em conta a idade e o estado físico frágil da senhora, acrescentando que a frase que o polícia disse indicava que estava "impaciente".
"O tribunal considerou que a morte de Clare Nowland resultou das ações de um polícia. Isto nunca deveria ter acontecido", afirmou o comissário da Polícia de New South Sales, numa conferência de imprensa, segundo o The New York Times.
Lê-se ainda que, este ano, a polícia decidiu rever a sua política sobre o taser, mas que não foi feita nenhuma mudança.
O caso, que gerou indignação na Austrália, levou a que fosse pedida uma investigação sobre o uso da força das forças de segurança pelos defensores dos direitos humanos.
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