"Temos de tirar as pessoas raptadas de Gaza e não deixar entrar os colonos. Temos de nos cingir a tal e não nos deixarmos arrastar para mais nada. Se tivermos de atrasar os combates para atingir o objetivo, é isso que temos de fazer", segundo o responsável do partido Unidade Nacional de Israel.
As declarações são uma resposta aos apelos de responsáveis da extrema-direita para colonizar a Faixa de Gaza e após uma delegação egípcia se ter deslocado quarta-feira a Telavive para debater um eventual cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns.
A visita registou-se um dia depois da entrada em vigor das tréguas entre Israel e o Líbano, um acordo que o Egito e outros países árabes querem que seja um "prelúdio" para tréguas em Gaza.
"Se Netanyahu tenciona devolver o refém, que o faça. Se não tem intenção de o fazer, que o diga", instou Gantz.
Segundo fontes citadas pela agência noticiosa EFE, o Egito apresentou uma "iniciativa de acordo" entre o movimento secular Fatah e o Hamas para um novo comité civil independente para gerir a Faixa de Gaza após a guerra, o que foi já confirmado, na semana passada, pelo chefe interino do movimento islamita em Gaza, Jalil al-Hajjah.
Este acordo "abriria caminho" para um compromisso para a troca de prisioneiros palestinianos em Israel por reféns do Hamas em Gaza.
O ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 resultou na morte de cerca de 1.200 israelitas e no rapto de 251 outras pessoas e levou à resposta israelita em Gaza que provocou mais de 44 mil mortos.
Do total de raptados em Israel, 97 - mais quatro raptados anteriormente - permanecem em Gaza, dos quais o exército estima que pelo menos trinta estão mortos.
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