China considera UE "parceiro, não rival" e pede independência de Bruxelas

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirmou hoje em Pequim que a China e a União Europeia (UE) "são parceiros e não adversários" e apelou a Bruxelas para que mantenha a sua "independência estratégica".

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Lusa
25/11/2024 10:19 ‧ há 2 horas por Lusa

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China

 "A China e a UE são parceiros, não adversários. Perante o crescente unilateralismo e protecionismo, esperamos que a UE se mantenha fiel à sua aspiração original e assegure a sua independência estratégica", afirmou hoje Wang, durante uma reunião com o vice-primeiro-ministro luxemburguês Xavier Bettel, que está de visita ao país asiático até 29 de novembro.

 

Wang afirmou que a China está "disposta a envidar esforços conjuntos" com o Luxemburgo para promover "o desenvolvimento sustentado e sólido das relações China-UE", informou a diplomacia chinesa, em comunicado.

O diplomata salientou ainda que "na atual situação de mudanças e caos entrelaçados", a cooperação com aquele país tem sido "uma história de sucesso", que demonstra "a importância do diálogo para evitar o confronto".

"Demonstra também a importância da abertura e da conectividade, que é a forma correta de promover o desenvolvimento comum e de responder aos desafios globais", afirmou.

Bettel afirmou, de acordo com o comunicado, que o Luxemburgo é "uma porta de entrada para a cooperação entre a China e a Europa", embora tenha dito esperar que o país asiático "desempenhe um papel mais importante na paz e estabilidade globais".

As relações entre a China e a UE foram abaladas pela decisão de Bruxelas de impor taxas alfandegárias punitivas até 35,3% sobre as importações de veículos elétricos provenientes da China.

Após nove meses de investigação, Bruxelas aumentou as taxas devido ao apoio do Estado chinês às empresas que fabricam automóveis elétricos.

Em resposta, a China lançou investigações 'antidumping' sobre produtos como os laticínios e a carne de porco provenientes da UE, no que é visto como uma resposta aos atritos comerciais com o bloco comunitário.

Além disso, impôs taxas 'antidumping' provisórios sobre o brandy da UE e processou Bruxelas no mecanismo de resolução de litígios da Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas sobre veículos elétricos oriundos da China.

O 'dumping' é a prática de venda de bens a preço abaixo do custo de produção.

Leia Também: ONG pedem a países em desenvolvimento para abandonar negociações na COP29

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