Qual o impacto físico e mental de fazer sexo com 100 homens em 24 horas?

Lilian Philips, uma criadora de conteúdos para adultos britânica, ficou viral depois de protagonizar um documentário onde manteve relações sexuais com 100 homens em apenas um dia. Isto pode ter um impacto significativo na saúde física e mental? Falámos com dois especialistas.

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© Shutterstock

Margarida Ribeiro
06/01/2025 09:13 ‧ ontem por Margarida Ribeiro

Lifestyle

Saúde

Quem passa mais tempo online já deve ter ouvido o nome Lilian Philips. É uma jovem britânica conhecida por ser criadora de conteúdos para adultos que no final de 2024 protagonizou um documentário intitulado 'I Slept With 100 Men in One Day' ('Dormi com 100 Homens num Dia', em tradução livre). 

 

O documentário tornou-se viral rapidamente e está disponível no YouTube. Foram divulgados alguns excertos nas redes sociais, incluindo um em que Lily, nome pelo qual também é conhecida, aparece visivelmente cansada e emocionada depois da experiência. 

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Isto fez com que muitos internautas começassem a questionar qual o impacto físico e psicológico de fazer sexo com 100 homens em apenas 24 horas. Por isso, o Lifestyle ao Minuto decidiu esclarecer algumas dúvidas com Isabel Hermenegildo, uma médica especialista em ginecoestética, e com Fernando Mesquita, um psicólogo e sexólogo. 

Segundo a médica, as consequências físicas estão relacionadas sobretudo com "a fricção excessiva e o impacto". É possível que a "mucosa (pele do interior da vagina) fique 'raspada', como queimada da fricção, sem lubrificação". Também podem formar-se "fissuras dolorosas"

Para além disto, a mulher pode sentir dores devido "ao trauma repetido do colo uterino". Menciona ainda que "o sémen tem um ph de sete, o que vai alterar o da vagina" - isto pode aumentar o risco de infeções urinárias e vaginais. 

Notícias ao Minuto © Fernando Mesquita e Isabel Hermenegildo  

Fazer sexo com tantos parceiros diferentes também pode aumentar o risco de contrair algum tipo de doença sexualmente transmissível, assim como de "neoplasias (tumores malignos) cervical e oral".

Prazer sexual em trabalhadoras sexuais? Só 10% têm excitação frequente

Já no que diz respeito ao prazer da mulher, a especialista afirma que "em diferentes estudos que avaliavam o prazer sexual em trabalhadoras sexuais no exercício da sua atividade profissional, 61% mencionaram ficar excitadas ocasionalmente, 46% já tiveram pontualmente orgasmo, mas só 10% tiveram excitação frequente". 

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Sobre o impacto psicológico, o sexólogo afirma que apesar de Lily dizer "sentir-se empoderada, a exploração do próprio corpo como objeto de consumo pode afetar a autoestima e levar à desconexão emocional em relação à intimidade sexual, provocando um fenómeno conhecido como 'burnout sexual'".

Também explica que existem múltiplos fatores que podem levar um homem a participar neste tipo de situações. Muitos "são levados pela curiosidade, excitação e adrenalina por fazerem algo extremo e fora do convencional". 

Este tipo de situações pode reforçar a objetificação das mulheres, perpetuando a ideia de que elas existem para satisfação dos desejos masculinos

"Outros podem ver a participação neste tipo de situações como uma validação da sua masculinidade, especialmente em contextos onde a atividade sexual masculina ainda é encarada como uma reafirmação da masculinidade", acrescenta o psicólogo. 

É ainda importante mencionar que este tipo de conteúdos pode ter um impacto significativo em quem os vê. "Pode criar crenças irrealistas sobre a sexualidade, levando à internalização de expectativas exageradas sobre o desempenho e comportamento sexual", explica Fernando Mesquita. 

Claro, além disso, "este tipo de situações pode reforçar a objetificação das mulheres, perpetuando a ideia de que elas existem para satisfação dos desejos masculinos". 

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